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Dando seguimento aos depoimentos de influenciadores digitais, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets ouve nesta quarta-feira (14) Luiz Ricardo Melquíades, mais conhecido como “Rico”. A oitiva do influenciador, marcada para as 11h, ocorre um dia após a participação da também influenciadora Virginia Fonseca na comissão.
A convocação de Rico Melquíades foi solicitada pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que citou o suposto envolvimento do influenciador na Operação Game Over 2 da Polícia Civil de Alagoas. Essa operação investiga a promoção irregular de jogos de azar online por meio de influenciadores digitais, resultando na apreensão de celulares, um veículo e no bloqueio de contas bancárias do investigado.
“A atuação de Rico Melquíades, como influenciador com grande alcance nas redes sociais, é relevante para a apuração do uso indevido de publicidade digital na disseminação desses jogos”, justificou a senadora no requerimento.
A defesa de Rico Melquíades chegou a acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar evitar seu comparecimento ou garantir seu direito ao silêncio. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, manteve a convocação, ressaltando o dever do influenciador de falar sobre o objeto da CPI, mas assegurou seu direito ao silêncio e à não autoincriminação, além da assistência de advogados durante o depoimento.
A CPI também havia aprovado a convocação da advogada Adélia Soares, que defende a influenciadora Deolane Bezerra. No entanto, a defesa da advogada também recorreu ao STF, alegando que ela havia se prontificado a depor por videoconferência, o que foi recusado pela CPI, que aprovou sua condução coercitiva. O ministro Dias Toffoli atendeu ao pedido da defesa e revogou a obrigatoriedade do comparecimento presencial de Adélia Soares. A relatora da CPI justificou a convocação de Adélia Soares com o argumento de que ela foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal por falsidade ideológica e associação criminosa, supostamente colaborando com uma organização estrangeira para operar ilegalmente jogos de azar no Brasil, utilizando a empresa Playflow como fachada.
Durante seu depoimento na terça-feira, Virginia Fonseca foi questionada sobre o papel dos influenciadores no mercado de apostas esportivas. Ela afirmou que faz propaganda apenas para duas casas de apostas no Brasil que seriam regularizadas e que sempre alerta sobre a necessidade de responsabilidade nas apostas.
