Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou na manhã desta terça-feira (20) uma operação contra o atacante Ênio, do Juventude, e outros indivíduos suspeitos de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados de apostas esportivas. A ação teve como alvo a casa do atleta e seu armário pessoal no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Ninguém foi preso.
As investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), buscam coletar documentos, mídias, celulares e outros itens que possam auxiliar na identificação de mais envolvidos no suposto esquema. Em nota, a assessoria de comunicação do Juventude informou que “colaborou fornecendo os acessos necessários para a ação do Gaeco”. O clube já havia optado pelo afastamento definitivo do atacante do elenco principal na semana passada, após seu nome ser vinculado a um novo alerta de casas de apostas por suspeita de manipulação.
Suspeita de Cartões Amarelos Forçados e Ganhos Ilegais
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi quem acionou o Ministério Público, após identificar “distorções em apostas que prejudicaram centenas de pessoas para favorecer algumas”. Segundo as investigações, os favorecidos teriam informações privilegiadas sobre a suposta manipulação para que o jogador Ênio recebesse pelo menos dois cartões amarelos em duas partidas da Série A do Campeonato Brasileiro de 2025.
A CBF alertou o MP sobre movimentações de apostas consideradas anormais para um cartão envolvendo um jogador específico, e também pelo fato de que pessoas ligadas ao suspeito estariam entre os apostadores, tanto no mês passado quanto atualmente. Os valores apostados não foram divulgados.
Crimes Investigados e Penas Envolvidas
Os crimes que estão sendo investigados são organização criminosa e eventual estelionato associado. Em caso de condenação, a pena prevista é de dois a seis anos de prisão, além de multa. O Gaeco informou que, com o material apreendido, o MPRS pretende identificar outros suspeitos envolvidos e que a investigação continua.
