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Suspeitos de negociar armas do Exército para o Comando Vermelho são beneficiários do Bolsa Família

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior, presos na noite de quinta-feira (11) em São Paulo por suspeita de negociar armas furtadas de um quartel do Exército, são beneficiários do programa Bolsa Família, do governo federal. A informação foi divulgada pela TV Globo nesta sexta-feira (12).

Apesar de receberem auxílio do governo, Jessé e Márcio ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais, com carros potentes e apartamentos luxuosos. De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a dupla tinha uma movimentação bancária de milhões de reais.

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Jessé e Márcio André foram capturados pela DRE em um condomínio de luxo em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. A prisão temporária é por 30 dias. Além dos dois suspeitos, a Polícia Civil também descobriu que Ticiane Souza Costa, companheira de Jessé e alvo de busca nesta manhã, também é beneficiária de programa social do governo federal.

Segundo as investigações, Jessé e Márcio André ofereceram o armamento para o Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do tráfico do Rio de Janeiro. Uma denúncia anônima levou os agentes até os dois suspeitos.

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“A partir de um vídeo que foi circulado na internet, nós começamos a investigar e conseguimos identificar, através das declarações de um colaborador, que Jessé e Márcio estariam negociando para empregar essas armas de fogo na guerra da Zona Oeste, entre o Comando Vermelho e a milícia, ali na região da Gardênia e Cidade de Deus”, detalhou o delegado Pedro Cassundé.

Nos endereços ligados à dupla, policiais civis encontraram 5 carros de luxo, avaliados em:

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  • Volvo: R$ 200 mil
  • Saveiro: R$ 44 mil
  • Audi: R$ 91 mil
  • Citröen: R$ 45 mil
  • Kia: R$ 120 mil.

Até as 10h desta sexta-feira (12), a Polícia Civil havia apreendido 12 celulares com o grupo. Uma máquina de contar dinheiro também foi apreendida pelos policiais.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e análises do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil mostram que Ticiane, por exemplo, movimentou R$ 9 milhões em suas contas bancárias entre 24 de março de 2021 e 30 de outubro de 2023.

Já a irmã dela, Isabela, também alvo da operação, declarou ter renda de R$ 4 mil como analista de sistemas, mas a sua movimentação bancária chegou a pouco mais de R$ 3,9 milhões entre 2 de julho de 2021 e 31 de maio de 2023.

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Partes desses valores foram, segundo a polícia, repassados fracionados e em espécie para Márcio André. Houve depósitos, em sua conta, de valores acima de R$ 50 mil, de acordo com a DRE.

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