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A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou na terça-feira (23/07) a segunda fase da Operação Corsário, resultando na prisão de dois indivíduos envolvidos em um esquema de desvio de medicamentos e produtos hospitalares de unidades de saúde do Estado. A operação foi desencadeada após uma denúncia da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
O secretário Executivo da SES-AM, Sílvio Romano, enfatizou que a pasta não tolera qualquer tipo de desvio de conduta ou ilícito praticado por servidores públicos. Ele explicou que os funcionários envolvidos na ação serão afastados de suas funções até a conclusão das investigações.
“A Secretaria de Saúde, verificando inconsistências em quantitativos de almoxarifados e farmácias, solicitou que a Polícia Civil realizasse investigação em torno do caso. Por conta disso, estamos adotando todas as providências necessárias e, também, adotando medidas para que possamos melhorar ainda mais a gestão de controle nas unidades de saúde”, declarou o secretário.
O delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, revelou que as investigações começaram em março deste ano, após uma denúncia da SES-AM sobre inconsistências no quantitativo de materiais hospitalares do Estado.
“Começamos um trabalho de monitoramento em um hospital do Amazonas e constatamos que um servidor público da Secretaria de Saúde estaria desviando medicamentos e insumos hospitalares da unidade hospitalar e os revendia para outras pessoas, que destinavam para uma empresa”, explicou o delegado.
Túlio recorda que, na primeira fase da Operação Corsário, foram recuperadas mais de duas toneladas de materiais desviados e três pessoas foram presas.
“Em continuidade às investigações, foi possível identificar a participação de outros servidores da Secretaria de Saúde no esquema criminoso. A partir disso, solicitamos ao Poder Judiciário mandados de prisões preventivas e mandados de busca e apreensão de todos os envolvidos identificados”, disse o delegado.
Durante as diligências da segunda fase da operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca.
Os dois presos na segunda fase da Operação Corsário responderão por organização criminosa, furto qualificado, peculato doloso e receptação qualificada, e permanecerão à disposição da Justiça.