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O poeta Armando Freitas Filho, um dos grandes nomes da poesia brasileira, faleceu nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro. A editora Companhia das Letras, responsável pela publicação de suas obras, confirmou a morte, mencionando apenas “complicações de saúde” como causa do falecimento.
Freitas Filho, cuja carreira literária teve início em 1963 com o lançamento de “Palavra”, deixa um legado que abrange cerca de 15 livros. Sua poesia, marcada por um profundo cuidado estético, culminou em obras como “Rol” (2016) e a edição limitada de “Cristina” (2021). Este último foi produzido de forma artesanal e distribuído entre amigos.
A Companhia das Letras anunciou ainda o lançamento póstumo de “Respiro”, previsto para novembro, que deve fechar o ciclo de sua produção literária.
Em 2022, o poeta surpreendeu seus leitores com o lançamento de “Só Prosa”, uma coleção de textos em prosa onde refletia sobre sua formação literária, o ofício de escritor e o convívio com grandes nomes da literatura do século 20, como Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Freitas Filho também foi responsável pela organização da obra da amiga Ana Cristina Cesar, falecida em 1983, com quem manteve uma forte ligação desde os anos 1970.
O Ministério da Cultura divulgou nota de pesar:
“Armando teve uma carreira de mais de seis décadas. Seus mestres foram Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. A estreia foi com o livro ‘Palavra’, em 1963. Mais tarde, na década de 1970, se aproximou da poesia marginal, mas sem aderir ao movimento. No entanto, tornou-se amigo de Ana Cristina César, a quem ele viria organizar a obra após a sua morte, em 1983.
Em 2023, o autor reuniu sua obra em ‘Máquina de Escrever,’ e em 2020, ao completar 80 anos, lançou a compilação de poemas feitos entre 2013 e 2019, intitulada ‘Arremate’.
‘Só Prosa’, de 2022, surpreendeu seus leitores. A obra traz textos curtos em que ele aborda temas como a formação literária, e a vida no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, onde foi criado.
O poeta conquistou o prêmio Jabuti pelo livro ‘3×4’, de 1986, e o Alphonsus de Guimaraens, categoria de poesia do Prêmio Literário Biblioteca Nacional, por ‘Fio Terra’, de 2000.
Também trabalhou como pesquisador na Biblioteca Nacional e na Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), além de assessor na presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte).”