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Na tarde desta quarta-feira (23), a Polícia Militar do Rio de Janeiro conduziu mais de 250 torcedores do Peñarol para a Cidade da Polícia, após uma série de atos de vandalismo na orla do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade. A confusão, que teve início por volta do meio-dia, resultou na apreensão de uma arma e causou danos significativos a estabelecimentos comerciais e veículos na Avenida Lúcio Costa.
De acordo com a PM, os distúrbios começaram quando um dos torcedores foi flagrado furtando um celular em uma padaria, o que desencadeou uma onda de vandalismo que durou aproximadamente uma hora e meia. Durante esse período, torcedores encapuzados usaram paus e pedras para atacar policiais e até banhistas. Os policiais tentaram conter a situação com bombas de efeito moral, mas sem sucesso.
Os ânimos se exaltaram, levando ao furto quase total do mobiliário de um quiosque na praia. Mesas e armações de barracas foram utilizadas como escudos e armas improvisadas, enquanto garrafas de vidro e latas eram arremessadas contra as forças de segurança. Uma motocicleta foi incendiada, e o trânsito na Avenida Lúcio Costa foi interrompido para garantir a segurança dos cidadãos.
Na areia, os torcedores continuaram a depredação, saqueando um carrinho destinado a guardar cadeiras de praia e barracas. A chegada do Batalhão de Choque, por volta das 13h15, não impediu o caos. Em resposta à violência, moradores locais retaliaram, saqueando um dos ônibus utilizados pelos torcedores e colocando fogo no veículo.
O governador Cláudio Castro afirmou que os torcedores serão escoltados para fora do estado e não poderão assistir à partida. A situação foi acompanhada de perto pelas autoridades, que destacaram a gravidade dos acontecimentos.
Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes criticou a falta de prevenção e alertou a Polícia Militar sobre os riscos associados ao evento. Em uma declaração oficial, o Ministério do Esporte expressou indignação diante dos atos de violência, condenando-os como uma ameaça à ordem pública e ao espírito esportivo. O ministério solicitou ações imediatas das autoridades para identificar e punir todos os envolvidos, além de medidas rigorosas contra a torcida organizada do Peñarol. (íntegra no final da matéria).
A PM ressaltou que os torcedores seriam autuados na Cidade da Polícia antes de serem expostos ao processo de expulsão do estado. A situação ilustra os desafios enfrentados pela segurança pública em eventos esportivos e a necessidade urgente de medidas para evitar a repetição de tais episódios de violência.
Íntegra da nota do Ministério do Esporte:
O Ministério do Esporte manifesta sua total indignação e repúdio absoluto diante dos atos de selvageria cometidos por torcedores do Peñarol na Orla do Recreio, no Rio de Janeiro, nesta manhã. A violência bárbara, registrada em plena via pública, não apenas envergonha o esporte, mas também representa uma ameaça inaceitável à ordem e à segurança dos cidadãos.
Não toleraremos que o esporte seja manchado por criminosos disfarçados de torcedores. Solicitamos ação imediata e enérgica dos órgãos de segurança pública para que todos os envolvidos sejam rapidamente identificados, detidos e punidos com o máximo rigor da lei. Além disso, demandamos que os órgãos responsáveis pelo esporte adotem, sem hesitação, medidas administrativas severas contra a torcida organizada do Peñarol, responsabilizando-a diretamente pelos atos de violência.
O Ministério reforça seu compromisso de trabalhar incansavelmente para erradicar qualquer manifestação de violência associada ao esporte, exigindo punições exemplares e definitivas para que esse tipo de comportamento não se repita. O futebol e o esporte em geral pertencem a todos que promovem a paz e o respeito, e não aos que semeiam o caos e a agressão.
André Fufuca
Ministro do Esporte