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O Grupo de Capturas da Polícia Federal (PF) no Amapá prendeu, na madrugada de terça-feira (3/12), Thiago da Silva Rocha, conhecido como o “magnata fake dos bitcoins”, suposto megainvestidor do mercado financeiro e condenado por crimes de estelionato no Acre.
Foragido da Justiça, Rocha foi capturado a bordo de uma aeronave, antes de desembarcar no Aeroporto Internacional de Macapá.
A operação foi deflagrada após a PF receber informações sobre sua presença no voo. O criminoso foi levado ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Pacoval, onde sua prisão foi formalizada.
A captura foi resultado de uma colaboração entre o Grupo de Capturas da PF e a Delegacia de Capturas da Polícia Civil do Amapá, parceria que, somente em 2024, já levou à localização e prisão de 184 foragidos. Rocha, com sua lábia afiada, não poupou nem os membros de sua própria família. Uma ex-cunhada do criminoso perdeu R$ 440 mil após ser convencida a investir com ele. Ao longo de suas fraudes, o estelionatário criou um personagem de “magnata”, aplicando golpes que renderam quase R$ 30 milhões a ele, afetando dezenas de vítimas.
Em 2022, a mulher relatou ao site Metrópoles que, antes de se aproximar da família, Rocha não era muito próximo dela. Após o casamento com um de seus irmãos, o criminoso se aproximou e, em 2018, procurou a ex-cunhada para que ela investisse na corretora de Bitcoin dele. Rocha alegou que havia adquirido 200 Bitcoins por R$ 400 mil e investido mais R$ 1 milhão para criar a plataforma, chamada DigStar Exchange, prometendo rendimentos elevados.
Convencida pelas promessas, a servidora pública federal fez seu primeiro investimento de R$ 40 mil, e passou a receber rendimentos de 5% sobre o valor aplicado, conforme prometido. Ao longo do tempo, a confiança foi crescendo, e, entre 2018 e 2021, ela investiu um total de R$ 200 mil. Porém, em agosto de 2021, os pagamentos começaram a atrasar, e Rocha começou a inventar desculpas, alegando problemas técnicos na plataforma. Quando pressionado, ele sugeriu uma solução parcelada para quitar o débito.
Com habilidades de persuasão, Rocha também se aproximou de uma família de trader, criando laços de amizade e convivência. Convencidos por seu discurso sedutor e seus supostos conhecimentos financeiros, os familiares da vítima transferiram aproximadamente R$ 1 milhão para ele. Rocha prometeu um retorno de 3% ao mês sobre esse montante, mas logo parou de fazer os pagamentos. Quando solicitado a devolver o dinheiro, começou a inventar desculpas e se afastou, deixando a família desestruturada financeiramente e emocionalmente. A vítima desabafou, afirmando que o golpe destruiu a confiança que tinham nele, já que ele usava até seus filhos para passar uma imagem de pessoa íntegra.