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O Rio Grande do Sul ainda sente os efeitos das enchentes que ocorreram há oito meses, e a população gaúcha continua lidando com as consequências. Os danos não se limitam apenas aos entulhos que precisam ser removidos ou às paredes que exigem nova pintura. Uma realidade inédita para muitos antes da tragédia surgiu: a fome.
De acordo com dados do governo estadual, a pobreza no Rio Grande do Sul aumentou 15,4% desde maio deste ano.
Em relação à situação das famílias cadastradas no CadÚnico, o número total subiu de 1.565.285 em março para 1.722.878 em novembro, um aumento de 10%. A pobreza, por sua vez, passou de 628.854 para 725.774, com um aumento de 15,4%. Já as famílias de baixa renda cresceram 4,1%, passando de 309.431 para 322.286.
Quem já enfrentava dificuldades financeiras, agora enfrenta uma situação ainda mais grave. O aumento da pobreza e da baixa renda tem contribuído para o agravamento da insegurança alimentar em muitos lares gaúchos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o final de 2023, quase 20% dos domicílios no estado enfrentavam algum grau de insegurança alimentar.
A falta de comida está diretamente ligada à pobreza: com menos renda, a compra de alimentos se torna cada vez mais difícil.
A insegurança alimentar no Rio Grande do Sul afeta 18,7% dos lares. Desses, 13% enfrentam insegurança alimentar leve, 3,5% moderada e 2,2% grave, conforme dados do IBGE.