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Um caso de injúria racial e agressão registrado em um pet shop no bairro do Imbuí, em Salvador, no sábado (4), levou à demissão da acusada, identificada como Camilla, ex-gerente de operações do Hospital Mater Dei na capital baiana. O episódio, captado em vídeo por uma testemunha, está sendo investigado pela Polícia Civil.
RACISMO NA loja PETZ:
funcionárias de loja denunciam cliente que chamou gerente de ‘petista, baixa e preta’
a cliente, que diz ser juíza gritando com a gerente da loja e afirmando que ela havia “mudado a narrativa (da situação), como gente petista, baixa e preta”. pic.twitter.com/QiwJul4jOS— Serginho (@chagassergio_) January 4, 2025
De acordo com relatos das funcionárias e da gerente da loja, a cliente, insatisfeita com o atendimento, teria proferido ofensas racistas, ameaçado os trabalhadores e agido de forma agressiva. Em um momento registrado no vídeo, Camilla admitiu estar exaltada, reclamou do atendimento e ameaçou os funcionários, dizendo que “iriam sofrer as consequências”. Durante a discussão, a acusada chamou a gerente do estabelecimento de “petista, baixa e preta” e tentou tomar o celular de quem registrava a cena.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como injúria racial, lesão corporal e ameaça. Em depoimento, Camilla alegou ter sido agredida por funcionários e seguranças do local, além de ter sido filmada sem consentimento. Até o momento, ela não foi presa.
Após a ampla divulgação do vídeo, a Rede Mater Dei de Saúde anunciou no domingo (5) a demissão de Camilla, enfatizando que a instituição repudia qualquer forma de discriminação. “A empresa não compactua com atitudes que ferem os princípios éticos e morais”, destacou a nota oficial.
A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) também emitiu um comunicado, esclarecendo que Camilla não faz parte da magistratura baiana e repudiando práticas racistas. A declaração da cliente de que seria juíza foi desmentida pela entidade.
O Grupo Petz, proprietário do pet shop onde o incidente ocorreu, afirmou que “repudia veementemente qualquer atitude racista” e que acionou seu setor jurídico para prestar suporte às colaboradoras envolvidas. “Estamos tomando todas as medidas legais cabíveis para garantir o bem-estar e a segurança de nossos funcionários”, afirmou a empresa em nota.