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Um soldado das Forças de Defesa de Israel (FDI) deixou o Brasil neste domingo (5) após uma decisão da Justiça Federal que determinou a abertura de investigação contra ele por suspeita de envolvimento em crimes de guerra na Faixa de Gaza. A denúncia foi apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), organização internacional dedicada a combater crimes contra a humanidade e violações de direitos humanos.
A juíza federal Raquel Soares Charelli, do Distrito Federal, determinou no dia 3 que a Polícia Federal investigasse a presença do militar no Brasil. Segundo informações da emissora estatal israelense, o soldado deixou o país após tomar conhecimento da decisão.
Em nota, a família do militar informou que ele não foi preso e que recebeu apoio necessário para sua saída rápida e segura. O Ministério das Relações Exteriores de Israel também confirmou que acompanhou o caso.
Denúncias e Contexto
A HRF acusa o soldado de participação em um ataque em área residencial na Faixa de Gaza, ocorrido em novembro de 2024. A organização descreveu como “histórica” a decisão da Justiça brasileira de acatar a denúncia.
No site da fundação, o caso foi tratado como um marco jurídico:
“As autoridades brasileiras tomaram medidas decisivas em relação a uma denúncia criminal contra um soldado israelense que estava em turismo no Brasil.”
Reação de Israel
A embaixada israelense no Brasil criticou a ação judicial, classificando-a como parte de uma “narrativa anti-Israel” promovida por organizações estrangeiras.
“O peticionário explora de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel globalmente e no Brasil, apesar de saber que as alegações carecem de fundamento legal.”
Eis a íntegra da nota da Embaixada de Israel:
“Os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos e utilizam hospitais e instalações internacionais como infraestrutura para atos de terrorismo direcionados a cidadãos israelenses.
Israel está comprometido em facilitar e garantir a transferência de ajuda humanitária para Gaza. Essa ajuda é entregue diretamente através das fronteiras de Israel, em coordenação com as autoridades relevantes.
Por mais de duas décadas, uma campanha global tem como alvo Israel e os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF), utilizando denúncias legais para avançar objetivos políticos. Notavelmente, em março de 2023, antes do conflito atual, autoridades do Hamas reconheceram abertamente em uma conferência em Gaza o uso estratégico de artifícios legais para promover os objetivos da organização.
O peticionário representa uma organização estrangeira e está explorando de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel tanto globalmente quanto no Brasil, apesar de saber plenamente que as alegações carecem de qualquer fundamento legal.”