Um motorista de aplicativo e sua passageira foram rendidos por traficantes na Cidade Alta, Rio de Janeiro, após precisarem mudar de rota devido a uma barricada. Todo o episódio foi capturado pelas câmeras de segurança instaladas no veículo. O vídeo (no final da matéria), que tem 3 minutos e 10 segundos, foi publicado pela Band News FM RJ e mostra a reação desesperada do motorista, que chega a pedir perdão aos criminosos para evitar uma tragédia.
O episódio começou quando o motorista, que estava conduzindo uma corrida, se deparou com uma barricada improvisada na Rua Lyrio Mauricio da Fonseca, nas proximidades da estação de trem de Cordovil, na Zona Norte. A barricada, conhecida localmente como “trincheira”, obrigou o motorista a manobrar e fazer uma meia-volta, entrando na Estrada do Porto Velho, que leva à Avenida Brasil.
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Ao chegar na esquina da Rua Canto do Buriti, o veículo foi abordado por dois homens armados com fuzis. Um dos criminosos se escondeu atrás de um caminhão de mudança, enquanto o outro surgiu de um poste próximo. A reação imediata da passageira foi de pânico, pedindo ao motorista para abaixar os vidros e, em seguida, desembarcando do carro. O condutor, igualmente assustado, também saiu do veículo.
Em instantes, dois outros criminosos chegaram em uma moto e começaram a questionar o motorista sobre sua presença na área. O vídeo, que capturou toda a cena, mostra o momento em que o condutor, deitado no chão, implora pela sua vida: “Eu estou trabalhando! Perdão, perdão, mano! Sou Uber! Pode ver aí que estou trabalhando para a moça! Perdão, mano, de verdade! Perdão, não olhei! Eu estava olhando o caminho aqui e não vi! Faço o quê? Meia volta?”, repetia o homem, visivelmente humilhado.
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Os traficantes, aparentemente irritados com a presença do motorista na região, o mandaram “sumir” após acusá-lo de estar dirigindo em alta velocidade. O pânico era palpável enquanto a passageira também pedia para que o motorista saísse o mais rápido possível da área. O medo tomou conta de ambos, que estavam à mercê dos criminosos.
O caso, que foi registrado pela Polícia Militar, não gerou uma intervenção imediata do 16º BPM (Olaria), que, segundo a PM, não foi acionado para a ocorrência. A falta de uma ação policial rápida e o cenário de violência constante nas comunidades do Rio de Janeiro colocam em discussão a segurança nas áreas de maior risco da cidade.
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