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Em um relato ao programa Fantástico, no domingo (16), Zeli dos Anjos compartilhou seu primeiro depoimento público sobre os trágicos eventos que envolveram o envenenamento de sua família. Ela é sogra de Deise Moura dos Anjos, que está sob investigação por envenenar um bolo com arsênio, culminando na morte de quatro pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul.
“Eu sabia que ela era má, que ela fazia maldades, mas nunca que fosse chegar a um nível desses”, afirmou Zeli, referindo-se à sua nora, Deise. As emoções vieram à tona ao recordar o evento, ao declarar que quatro pessoas muito queridas haviam sido tiradas de sua vida.
O envenenamento ocorreu em 23 de dezembro, durante uma tradicional reunião familiar para saborear um bolo de reis preparado por Zeli. A confraternização tornou-se um pesadelo quando os presentes começaram a passar mal após as primeiras fatias. As irmãs de Zeli, Maida e Neuza, juntamente com a sobrinha Tatiana, não resistiram. Sobreviveram Zeli, Jefferson, marido de Maida, e o filho de Tatiana, de apenas 11 anos. O marido de Neuza, João, não ingeriu o bolo.
Após permanecer 19 dias internada devido a sintomas graves, Zeli lembra que as suspeitas começaram a recair sobre Deise quando laudos periciais revelaram vestígios de arsênio no sangue e urina das vítimas. Informações indicam que havia um histórico de inimizade entre Deise e Zeli, que a suspeita confirmou em seu depoimento.
O delegado Marcos Vinícius Muniz Veloso relatou que Deise demonstrava certo ódio pela sogra, até mesmo apelidando-a de “naja”. Durante as investigações, contradições foram encontradas nos depoimentos de Deise, e a análise do histórico de seu computador revelou buscas sobre substâncias tóxicas, incluindo “arsênio”.
A polícia constatou que Deise havia comprado arsênio em agosto, que fora usado para modificar alimentos e bebidas consumidos por Zeli e seu falecido marido, Paulo Luiz dos Anjos, inicialmente diagnosticado erroneamente com “infecção alimentar”.
Deise foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Feminina de Guaíba, com o laudo confirmando suicídio por enforcamento. Ela deixou mensagens na cela alegando inocência. Segundo seu advogado, Deise lutava contra a depressão.
