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O 1º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou, nesta sexta-feira (14), Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca pela morte do congolês Moïse Kabagambe, em um caso de homicídio triplamente qualificado. Ambos foram responsabilizados pelo crime, ocorrido em 2022, por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vítima.
Aleson foi sentenciado a 23 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, enquanto Fábio recebeu uma pena de 19 anos, seis meses e dois dias. Ambos devem cumprir a pena em regime fechado. O assassinato de Moïse ocorreu em um quiosque na Barra da Tijuca, onde ele trabalhava. O congolês, que cobráva por diárias atrasadas, foi brutalmente agredido com cerca de 40 pauladas, conforme as investigações.
Durante o julgamento, a mãe e os irmãos de Moïse, refugiados políticos do Congo, acompanharam as sessões. Em determinado momento, a família ficou visivelmente abalada com a exibição de imagens da agressão. Moïse e sua família fugiram da República Democrática do Congo em busca de um novo começo no Brasil, após escapar da guerra civil no seu país natal.
O juiz Thiago Portes, ao proferir a sentença, ressaltou o impacto psicológico e psíquico da morte de Moïse sobre sua família, que buscava no Brasil um refúgio da violência da guerra. “Fugiram da guerra, mas encontraram em um país que se diz acolhedor a crueldade humana e mundana, que ceifou a vida de seu filho e irmão”, declarou o magistrado.