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O Ministério do Trabalho e Emprego atualizou, nesta quarta-feira (9), a chamada “lista suja” do trabalho análogo à escravidão, com a inclusão de 155 novos empregadores — entre pessoas físicas e jurídicas — acusados de submeter trabalhadores a condições degradantes. Com a nova atualização, o total de registros ativos chegou a 745. (Confira a lista aqui).
De acordo com o governo, os nomes só são incluídos após a conclusão de processo administrativo, com decisão final e sem possibilidade de recurso, que valida a autuação por trabalho análogo ao de escravo. A medida visa garantir ampla defesa antes da exposição pública dos responsáveis.
Entre os novos casos, 18 referem-se a trabalho doméstico em condições análogas à escravidão. As atividades com maior número de ocorrências, no entanto, foram a criação de bovinos (21) e o cultivo de café (20). A produção de carvão vegetal (10) e a extração de minerais (7) também aparecem entre as mais citadas.
A lista também teve 120 nomes retirados, já que o tempo máximo de permanência no cadastro é de dois anos. Alguns casos, no entanto, são excluídos por decisão judicial, como o do cantor Leonardo, incluído em outubro de 2024 e que teve seu nome suspenso na edição atual.
O aumento da lista acompanha o recorde de denúncias registradas no país. Em 2024, o Brasil contabilizou 3.959 denúncias de trabalho análogo à escravidão, o maior número desde que o Disque 100 foi criado, em 2011 — um aumento de 15,4% em relação a 2023. No total, 2.004 trabalhadores foram resgatados de situações degradantes ao longo do ano.
