Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O Ministério da Cultura afastou preventivamente, nesta quarta-feira (14), o servidor Pablo Silva Santiago, conhecido como DJ Pablo Peligro, investigado por instalar câmeras escondidas para filmar mulheres nuas sem consentimento. Além de servidor público federal, Pablo também atuava como produtor cultural em Brasília e dava aulas de dança em uma escola de salsa, onde, segundo a investigação, também fez vítimas.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Pablo, de 39 anos, agia não apenas nas residências onde morava, mas também em casas de amigos, estabelecimentos comerciais e até festas públicas. Ele instalava câmeras em banheiros para registrar as vítimas em momentos íntimos, como durante o banho ou ao usar o sanitário. O material era divulgado em aplicativos de mensagens e sites pornográficos. Uma das vítimas relatou ao portal g1 o impacto psicológico do crime: Outra vítima, que era amiga do DJ, contou que confiava nele por considerá-lo “respeitoso”. Uma terceira mulher, que conviveu com Pablo por quase dez anos, também se pronunciou: Durante operação de busca e apreensão realizada na terça-feira (13), agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) recolheram notebooks, celulares e HDs externos na casa do investigado. O material continha mais de mil vídeos gravados em diversos locais, incluindo casas de amigos, festas e locais de grande circulação.
O Ministério da Cultura informou que apreendeu o computador utilizado por Pablo no ambiente institucional, solicitou à Polícia Federal uma varredura no “bloco B” e instaurou um processo administrativo para apurar o caso. Segundo um amigo ouvido pela polícia, Pablo teria confessado ser “viciado em pornografia” e que esse vício o levava a produzir vídeos cada vez “mais estranhos”, envolvendo amigas, ex-namoradas, conhecidas e até desconhecidas.
Além de suas funções no serviço público, Pablo se apresentava como músico, dançarino, engenheiro, DJ, agitador cultural e até professor de matemática. A investigação segue em andamento, e a PCDF busca identificar e localizar mais vítimas. Telegram: [link do Telegram]
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“Ele produziu conteúdo íntimo meu, no banheiro, fazendo as minhas necessidades normais ali. Eu senti como se o meu corpo não fosse meu, eu senti que ele se apropriou do meu corpo e que eu não tinha legitimidade nenhuma. Não teve o meu consentimento, então me senti muito violada.”
“Era uma pessoa próxima, uma pessoa que você nunca imagina, que tem esse nível de doença, esse nível de interesse, você se sente em risco. […] Porque você repensa tudo que você faz com as pessoas que estão ao seu redor, as pessoas que você convive, você pensa o que o ser humano é capaz de fazer.”

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