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O operador financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, desembarcou em Brasília na tarde deste domingo (18), após ser preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e expulso pelas autoridades do país vizinho. A extradição foi autorizada após uma audiência judicial e cumprida por agentes da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen, que o entregaram à Polícia Federal brasileira.
Inicialmente levado a Corumbá (MS), na fronteira entre os dois países, Tuta foi transferido em um avião da PF para o Distrito Federal. Ele chegou à capital por volta das 15h30, passou por exame de corpo de delito no aeroporto e, em seguida, foi conduzido à Penitenciária Federal de Brasília, onde deve iniciar o cumprimento de sua pena.
Condenado a 12 anos e meio de prisão por tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro, Tuta é apontado pelo Ministério Público de São Paulo como o responsável por movimentar mais de R$ 1 bilhão em nome da facção criminosa. Considerado braço direito de Marcola, líder máximo do PCC, ele estava foragido desde 2020 e figurava na lista de Difusão Vermelha da Interpol. A prisão ocorreu quando ele tentou renovar uma identidade falsa na Bolívia.
Na penitenciária de segurança máxima, Tuta ficará, pelos primeiros 20 dias, em uma área de recepção, destinada à adaptação dos presos recém-chegados. O espaço tem entrada de luz natural pelo teto e permite o acompanhamento de sua rotina pelas autoridades — incluindo controle de medicação, atendimento médico e registro de visitas.
Após esse período, ele será transferido para uma cela comum, com acesso ao banho de sol junto a outros detentos.
Tuta ganhou notoriedade nacional quando teve uma mensagem interceptada pela Polícia Federal, na qual afirmava ter escapado de uma operação policial “salvo pela R”. A investigação apontou que ele teria pago R$ 5 milhões em propina a policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), unidade de elite da PM de São Paulo.
