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Seis pessoas foram presas nesta quinta-feira (29) em Canoas e Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, durante uma operação da Polícia Civil contra crimes de tortura e abuso sexual de menores. O delegado Maurício Barison, responsável pela investigação, esclareceu que os crimes apurados não têm relação entre si.
As identidades dos detidos não foram divulgadas pela polícia. Até o final da tarde de hoje, três suspeitos ainda estavam sendo procurados.
A operação revelou uma série de casos chocantes, que teriam ocorrido entre 2023 e 2025. Entre os detidos e procurados, destacam-se:
- Um pai de 33 anos, suspeito de obrigar o filho de 4 anos a praticar atos sexuais contra o irmão de 5 anos.
- Um instrutor de crossfit de 26 anos, que teria filmado e abusado sexualmente de uma aluna de 14 anos em uma academia de Canoas. Ele também é suspeito de deixar um celular no vestiário do estabelecimento para filmar outras vítimas.
- Um avô de 43 anos, suspeito de abusar sexualmente da neta afetiva de 8 anos.
- Um síndico de condomínio, de 53 anos, suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 8 anos após atraí-la com doces para seu apartamento.
- Um avô de 72 anos, suspeito de estuprar a neta afetiva de 10 anos na casa da mãe dela.
- Um homem de 48 anos, suspeito de abusar sexualmente de cinco crianças, com idades entre 9 e 13 anos, que fugiram de um abrigo em Canoas, e oferecê-las à prostituição.
- Uma tia-avó de 46 anos e sua companheira, de 52 anos, suspeitas de torturar uma sobrinha de 12 anos e tratá-la como escrava doméstica.
Mais de 60 policiais participaram da operação nesta quinta-feira, cumprindo 15 mandados de prisão e de busca e apreensão. As ações ocorreram em cidades da Região Metropolitana, além de Tramandaí, no Litoral Norte gaúcho, e Biguaçu, em Santa Catarina.
O delegado Barison fez um alerta aos familiares: “Nós ressaltamos a importância de os familiares prestarem atenção em sinais característicos de uma criança ou adolescente que está sofrendo abusos sexuais: depressão, isolamento, agressividade repentina são indícios de que algo de errado está acontecendo com este jovem. E acreditem no seu relato, não menosprezem a fala de uma criança, encaminhem para tratamento psicológico e vão a uma delegacia de polícia.”
