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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um novo inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão, divulgada nesta quarta-feira (5), inclui um pedido ao Banco Central para detalhar os valores e remetentes de transferências via Pix recebidas pela parlamentar nos últimos 30 dias.
Zambelli é investigada por suposta prática de coação no curso do processo e por obstrução de investigação sobre organização criminosa. O caso foi motivado por uma entrevista concedida por ela ao canal AuriVerde, no YouTube, na qual afirmou estar fora do Brasil. Após as declarações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva da deputada — pedido que foi acolhido por Moraes, que também determinou à Interpol a inclusão do nome de Zambelli na lista de procurados.
“Após a sua condenação, com a fuga do distrito da culpa, a ré [Zambelli] declarou que pretende insistir nas condutas criminosas, para tentar descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado Democrático de Direito, o que justifica, plenamente, a decretação de sua prisão preventiva”, afirmou o ministro na decisão.
Como a deputada está fora do país e sem previsão de retorno, o ministro autorizou que Zambelli envie por escrito os esclarecimentos necessários à investigação. Moraes também ordenou que a notificação seja feita por meio de endereços eletrônicos, diante do desconhecimento do paradeiro exato da parlamentar.
A decisão inclui ainda ordens para que a Polícia Federal monitore as redes sociais de Zambelli e de pessoas próximas, com o objetivo de preservar provas. A PF também deverá colher o depoimento da deputada em até dez dias.
Outras medidas determinadas por Moraes envolvem o bloqueio de bens e do passaporte da parlamentar, a suspensão de pagamentos pela Câmara dos Deputados, o bloqueio de suas contas em redes sociais e a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol.
