Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O irmão da influenciadora digital e estudante de História Laura Sabino tornou-se réu por tentativa de feminicídio contra ela. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público, e o acusado, de 30 anos, está preso preventivamente desde o dia 3 de junho. O ataque ocorreu em 14 de março deste ano, na Região Leste de Belo Horizonte, mesmo com uma medida protetiva em vigor contra ele desde quatro dias antes, expedida no dia 10. Segundo o boletim de ocorrência registrado por Laura, o agressor invadiu a casa onde ela estava, esfaqueou-a várias vezes no abdômen e nos braços, e tentou atear fogo no local com ela ainda desacordada. Laura relatou que, ao recobrar a consciência, sentiu um líquido ser jogado sobre seu corpo e ouviu o irmão perguntar se ela “ainda estava viva”. Ainda segundo a denúncia, ele tentou matá-la e tirar a própria vida em seguida. A influenciadora conseguiu fugir do imóvel, e o agressor pulou a janela para persegui-la. A ação foi contida apenas com a intervenção da Polícia Militar, que usou uma arma de choque para imobilizá-lo.
A vítima foi socorrida e levada ao Hospital João XXIII, na capital mineira. No local do crime, os policiais apreenderam uma faca com cabo de madeira e lâmina serrilhada. O caso foi revelado pela Agência Pública na última quinta-feira (12) e trouxe à tona o histórico de violência entre os irmãos. Laura, que desde 2019 produz conteúdo com viés progressista nas redes sociais e acumula quase 1 milhão de seguidores, já havia denunciado o irmão por agressões físicas e verbais em outras ocasiões. Um boletim de ocorrência registrado em 2015 relata agressões com chutes e socos, quando ela ainda era adolescente. Em novembro de 2024, ela também procurou a polícia para denunciar novas ameaças e promessas de morte.
Segundo Laura, o irmão havia abandonado o tratamento psiquiátrico e costumava agir com violência também contra o próprio pai. Dois dias antes do ataque, Laura foi alvo de uma fake news publicada por outro influenciador, que a acusava falsamente de uso de drogas e maus-tratos. Na véspera do crime, ela recebeu uma enxurrada de xingamentos nas redes sociais e afirma que os áudios enviados pelo irmão naquele dia tinham conteúdo semelhante aos ataques que vinha sofrendo online.
Desde dezembro de 2024, Laura faz parte do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos de Minas Gerais (PPDDH/MG), após denunciar ameaças recebidas por meio da internet. O programa é mantido pelo Ministério dos Direitos Humanos em parceria com o governo estadual. O acusado segue custodiado em um presídio da Região Metropolitana de Belo Horizonte enquanto responde ao processo judicial.
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