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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema bilionário de descontos irregulares em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Dois mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Sergipe, nas cidades de Aracaju e Umbaúba.
Além das prisões, a força-tarefa também executou cinco mandados de busca e apreensão em endereços de investigados em Aracaju (2), Cristinápolis (2) e Umbaúba (1). A Justiça Federal em Sergipe ainda determinou o sequestro de cinco imóveis vinculados a suspeitos de envolvimento no esquema, avaliados em R$ 12 milhões.
A operação é conduzida em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e teve início em abril deste ano, após a identificação de irregularidades envolvendo mais de R$ 6,3 bilhões em descontos não autorizados nos benefícios de cerca de seis milhões de aposentados e pensionistas.
De acordo com o balanço mais recente do INSS, divulgado no domingo (15), mais de 3,3 milhões de consultas já foram feitas por beneficiários para verificar a existência de descontos indevidos. Em 97,3% dos casos — o equivalente a mais de 3,2 milhões de pessoas — os valores foram contestados pelos segurados.
O canal mais utilizado para registrar a contestação é o aplicativo Meu INSS, responsável por 75,7% dos atendimentos. Outros 15,4% dos pedidos foram feitos presencialmente em agências dos Correios e 8,9% pelo telefone 135.
Ao todo, 43 entidades associativas foram citadas nas contestações. Os beneficiários que registraram reclamações por telefone precisam acessar o portal Meu INSS ou se dirigir aos Correios para acompanhar o andamento da solicitação, já que não é possível visualizar os documentos das entidades pelo 135.
