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A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu quatro suspeitos na manhã desta quarta-feira (18) em mais uma ação da 2ª fase da Operação Caminhos do Cobre. A investigação mira a receptação de materiais furtados e identificou grandes recicladoras que, segundo a polícia, movimentaram R$ 2,5 bilhões em quatro anos com a comercialização irregular de metais, como cabos e cobre.
Ao todo, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão na capital, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos. Um dos alvos é Rogério Ribeiro, ex-candidato à Prefeitura de Nilópolis em 2024 e apontado como proprietário de uma das empresas investigadas. Ele não foi localizado pelos agentes em sua residência.
De acordo com a DRF, empresas do setor de reciclagem têm sido usadas por criminosos para dar aparência legal à venda de materiais furtados, especialmente de concessionárias de serviços públicos. A prática consiste em mesclar atividades regulares com a receptação de metais de origem ilícita, ocultando o esquema por meio da inserção desses produtos no mercado formal.
Além disso, os investigadores identificaram empresas de fachada que apresentavam características típicas de fraude, como ausência de funcionários, operações financeiras fracionadas e movimentações incompatíveis com os registros fiscais.
Os envolvidos poderão responder por crimes como receptação qualificada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A segunda fase da Operação Caminhos do Cobre teve início em abril deste ano, quando sete pessoas foram presas. Em uma das ações, realizada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, os agentes encontraram grandes volumes de cabos possivelmente furtados, alguns com etiquetas da operadora Algar.
Segundo a polícia, os criminosos usavam caminhões para arrancar os cabos subterrâneos, gerando prejuízos significativos às infraestruturas. Em algumas ocasiões, para não levantar suspeitas, chegavam a utilizar uniformes falsificados de empresas prestadoras de serviço.
A primeira fase da operação, deflagrada em 2022, revelou uma estrutura criminosa voltada ao escoamento de metais furtados. Na época, foi apreendida uma tonelada de cobre sem origem comprovada em ferros-velhos do Rio.
Entre os materiais mais visados pelos criminosos estão baterias estacionárias, cabos de fibra ótica, componentes de ferrovias, geradores, transformadores e placas metálicas. Somando todas as fases da operação, cerca de 40 pessoas já foram presas.
