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Um homem de 34 anos foi preso na manhã desta sexta-feira (3) em Nova Esperança, no norte do Paraná, por ser suspeito de perseguir pelo menos dez mulheres que frequentavam uma igreja evangélica na cidade.
De acordo com o delegado Diego Troncha, o suspeito enviava “presentes” eróticos às vítimas e fazia montagens dos rostos delas em conteúdos sexuais, que eram distribuídos com o telefone das mulheres para simular que elas vendiam esses materiais.
O delegado explicou que os conteúdos eram deixados em pen drives em locais frequentados pelas vítimas, como no banheiro da igreja, no banheiro da Universidade Estadual de Maringá (UEM) – onde uma das vítimas estuda – e na caixa de correio de uma das mulheres.
Segundo Troncha, os “presentes” incluíam fantasias e livros eróticos. Durante a investigação, a Polícia Civil apreendeu cinco pen drives.
O homem foi encontrado e preso em sua casa, por volta das 11h, e preferiu ficar em silêncio durante o interrogatório na delegacia.
O suspeito já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em 2024 por cometer o mesmo tipo de crime contra servidoras da prefeitura da cidade, enquanto era funcionário público. Na ocasião, ele foi indiciado por perseguição e denunciado pelo Ministério Público (MP-PR), mas o processo foi arquivado, segundo o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
O delegado Troncha destacou que o homem apresenta um padrão de comportamento e que a semelhança nos modus operandi levou a polícia a crer na autoria dos novos crimes.
“Esse ano, ele passou a frequentar uma igreja evangélica da cidade e desde então, algumas mulheres que frequentavam procuraram a delegacia dizendo que estavam recebendo ‘presentes’ e encontraram pen drives com montagens de fotos delas,” explicou o delegado. “A coincidência de locais onde os pen drives foram encontrados e também o testemunho coerentes dessas mulheres nos levaram a crer que, novamente, seria a mesma pessoa que havia praticado esses crimes em 2024.”
O delegado ressaltou o impacto psicológico nos alvos: “Ele causou um constrangimento muito grande e um temor psicológico a essas vítimas, que estavam com dificuldade inclusive de frequentar os locais normais em que elas costumam ir, como a igreja.”
O homem responderá pelo crime de perseguição, mas a polícia também investiga se houve prática de importunação sexual e difamação.