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Um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, localizada em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), provocou um apagão de grandes proporções que atingiu pelo menos 20 estados brasileiros e o Distrito Federal na madrugada desta terça-feira (14).
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o incêndio ocorreu por volta das 0h32 e levou à interrupção de cerca de 10.000 megawatts (MW) de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), afetando simultaneamente os quatro subsistemas do país — Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
O fornecimento de energia começou a ser restabelecido gradualmente, e, segundo o MME, a recomposição total ocorreu em cerca de duas horas. As regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste tiveram o serviço normalizado até 1h30, enquanto o Sul só teve a energia restabelecida completamente por volta das 2h30.
Além do Distrito Federal, o apagão afetou os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Ainda não há informações sobre a causa do incêndio que deu início ao problema. O Ministério informou que técnicos continuam investigando a origem das chamas que atingiram o reator de 500 kV (quilovolts) da subestação.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o apagão não foi provocado por escassez de energia, mas sim por uma falha técnica na infraestrutura de transmissão.
“Não é falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia”, esclareceu Silveira durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela EBC.
O ministro explicou que, com o incêndio, o sistema sofreu uma interrupção de grande porte, o que fez o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) realizar um corte automático e programado de energia em alguns estados para evitar um colapso mais amplo.
“O sistema, ao perder uma subestação desse volume de energia (500 kV), corta programadamente um percentual em cada estado mais próximo e em alguns outros onde é necessário se fazer uma reprogramação da carga. Assim foi feito”, detalhou.
Segundo o ONS, no momento da falha, a região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste. Com a queda da subestação, houve uma perda imediata de aproximadamente 1.600 MW de carga, provocando a interrupção temporária da interligação entre as regiões.
Apesar da magnitude do apagão, o sistema respondeu conforme os protocolos de segurança e conseguiu evitar danos mais graves. O restabelecimento da energia em todo o país ocorreu de forma controlada e coordenada entre o ONS, as concessionárias e o Ministério de Minas e Energia.