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Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) mostra que a maioria dos moradores do Rio de Janeiro apoia medidas mais duras contra o crime organizado, incluindo o enquadramento de facções criminosas como grupos “terroristas”. Segundo o levantamento, 72% dos entrevistados disseram ser favoráveis à proposta, enquanto 23% são contra e 5% não souberam ou não responderam.
O estudo foi realizado entre os dias 30 e 31 de outubro, poucos dias após a megaoperação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos. A pesquisa ouviu 1.500 moradores do Estado do Rio de Janeiro com 16 anos ou mais, e tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Além disso, 85% dos entrevistados disseram apoiar o aumento das penas para homicídios cometidos a mando de organizações criminosas. Já 24% afirmaram ser favoráveis a facilitar o acesso a armas de fogo.
A pesquisa também revelou diferenças de opinião entre grupos políticos. Entre os que se classificam como de direita não bolsonarista, 95% apoiam o enquadramento de facções como “terroristas”, seguidos por bolsonaristas (91%), independentes (74%), lulistas (49%) e integrantes da esquerda não lulista (36%).
O levantamento ainda mostrou forte desconfiança sobre o poder das facções e sua relação com a política. Para 82% dos entrevistados, líderes de facções ajudam a eleger deputados, o que explicaria a dificuldade em prendê-los. Já 80% acreditam que os responsáveis reais pelo poder das facções estão nos bairros ricos, e não nas comunidades onde atuam os criminosos.
