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Na segunda-feira, 19, a Justiça Eleitoral determinou que a Polícia Federal (PF) inicie um inquérito contra o candidato Pablo Marçal, do PRTB, após uma denúncia apresentada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Boulos, que também é candidato à Prefeitura de São Paulo, acusa Marçal de disseminar notícias falsas e ofensivas contra ele.
Segundo relatado pelo jornal o Estado de S. Paulo, a decisão foi proferida pelo juiz Augusto Drummond Lepage, da 346ª Zona Eleitoral de São Paulo. O magistrado atendeu ao pedido do Ministério Público Eleitoral e determinou o encaminhamento do caso para a PF para a abertura do inquérito. Até o momento, Marçal não se pronunciou sobre a decisão.
O promotor eleitoral Nelson dos Santos Pereira Júnior solicitou a investigação de Marçal por supostos crimes de calúnia, difamação e disseminação de informações falsas no contexto eleitoral. De acordo com os artigos 323, 324 e 325 do Código Eleitoral, essas infrações podem resultar em penas de até quatro anos de prisão, além de multa.
A denúncia contra Marçal surgiu após um debate eleitoral transmitido pela TV Bandeirantes na quinta-feira, 8. Durante o programa, Marçal fez insinuações infundadas de que Boulos seria usuário de drogas, sem apresentar qualquer evidência. No mesmo dia, ele publicou vários vídeos em suas redes sociais reiterando essas acusações, chamando o adversário de “cheirador de cocaína”.
Em resposta, a campanha de Boulos não apenas apresentou a notícia-crime, mas também solicitou a remoção dos vídeos ofensivos e o direito de resposta nas redes sociais de Marçal. Na sexta-feira, 9, a Justiça Eleitoral determinou a remoção parcial dos vídeos, atendendo ao pedido do PSOL.
Na segunda-feira, 19, a Justiça Eleitoral de São Paulo ordenou a retirada de novos vídeos caluniosos publicados por Marçal contra Boulos. O juiz Murilo D’Ávila Vianna Cotrim destacou que Marçal tem usado suas redes sociais para repetir acusações sem provas, ligando Boulos ao uso de drogas e tentando prejudicar a imagem do adversário.
