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A região metropolitana de São Paulo segue com 1,45 milhão de pessoas sem energia elétrica após o forte temporal que atingiu o estado na sexta-feira (11). Ventos de até 100 km/h causaram destruição, deixando sete mortos entre a capital e o interior, provocando apagões em diversas áreas, principalmente nas zonas oeste e sul da cidade, além de congestionamentos e interrupções no fornecimento de água.
A concessionária de energia Enel classificou o incidente como um “evento climático extremo”, e informou que 17 linhas de alta tensão foram impactadas. Guilherme Lencastre, presidente da empresa, afirmou que não há previsão para a normalização do serviço: “Não é questão de não saber e não passar. E não quero colocar uma expectativa que seja frustrada… Vamos trabalhar de forma incansável para reconectar todos os nossos clientes”, disse ele em coletiva de imprensa.
A Enel acionou equipes de reforço de outros estados, como Ceará e Rio de Janeiro, para ajudar na recuperação da rede elétrica. “Estamos com 800 equipes ou 1.600 técnicos eletricistas atuando em campo. Continuamos trabalhando para que até o final do dia de hoje tenhamos mais equipes conosco”, afirmou Lencastre.
Além disso, a Enel informou que disponibilizou 500 geradores para atender hospitais e estabelecimentos essenciais que estão sem luz há mais de 17 horas. Dois helicópteros da empresa também foram acionados para sobrevoar as linhas de transmissão, identificando possíveis problemas.
Em nota divulgada às 15h30, a empresa atualizou a situação: “Até as 15h de hoje, a Enel restabeleceu a energia para cerca de 650 mil clientes. Ontem à noite, por volta das 20h, 2,1 milhões de clientes estavam sem energia. No momento, técnicos da companhia seguem trabalhando para reconstruir trechos da rede elétrica danificados e restabelecer o serviço para cerca de 1,45 milhão de clientes impactados, o que representa cerca de 18% dos clientes da distribuidora.”
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também se pronunciou sobre o apagão e responsabilizou a Enel pelo problema: “Essas questões [da falta de energia] foram ocasionadas por problemas em 17 estações da Enel, que, inclusive, não ficam na cidade de São Paulo. Foram atingidos aqueles linhões por onde passa a energia que não estão na cidade”, disse ele.