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A execução do delator do PCC, Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo tem gerado grande mobilização das autoridades, com foco na apuração de sua morte. A pedido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e o delegado-geral da Polícia Civil, Artur José Dian, cancelaram uma viagem para Nova York, onde participariam de um curso na Universidade de Columbia, para direcionar sua atenção à investigação.
A ordem dada pelo governador é clara: a resolução do caso deve acontecer “o quanto antes”, independente dos obstáculos, com foco em solucionar a morte do delator. Gritzbach, conhecido por ser um colaborador de justiça do PCC, foi morto de forma violenta na última sexta-feira (8) no aeroporto, onde estava acompanhado de sua namorada.
Em paralelo, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) protocolou, nesta segunda-feira (11), um pedido de extinção da delação premiada feita por Gritzbach. A solicitação visa também o compartilhamento das provas obtidas com as autoridades responsáveis pela investigação, incluindo a análise dos dados dos celulares de Gritzbach e de seus seguranças.
Gritzbach, que estava envolvido em um processo por lavagem de dinheiro relacionado ao tráfico de drogas, estava sendo investigado por sua ligação com a facção criminosa PCC. A suspeita principal é de que seu assassinato tenha sido uma queima de arquivo, um crime motivado por vingança, já que ele estava colaborando com a polícia e prometia revelar mais informações sobre as atividades ilícitas da facção.
Fontes da Polícia Federal indicam que Gritzbach teria lavado cerca de R$ 30 milhões com a compra e venda de imóveis e postos de gasolina. Ele também detalhou os esquemas do PCC em seus depoimentos, o que tornou sua execução ainda mais suspeita e indicativa de um possível acerto de contas dentro do crime organizado.
O ataque ocorreu por volta das 16h, quando Gritzbach desembarcou no Terminal 2 do Aeroporto de São Paulo. Dois homens encapuzados o surpreenderam com uma série de disparos. O número de tiros foi elevado, com 29 disparos de calibres variados. Gritzbach foi atingido por 10 tiros e não sobreviveu aos ferimentos.
Além dele, outras vítimas também foram atingidas no tiroteio. Celso Araujo Sampaio de Novais, motorista de aplicativo, levou um tiro de fuzil nas costas e faleceu no hospital de Guarulhos no sábado (9). Uma mulher e um funcionário terceirizado do aeroporto também ficaram feridos, mas sobreviveram.
Na bagagem de Gritzbach, a polícia encontrou mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor, de marcas renomadas como Bulgari e Cartier. De acordo com informações obtidas pela polícia, o delator teria viajado a Maceió para cobrar uma dívida de um conhecido. A relação entre esse fato e sua morte ainda está sendo investigada, mas é visto como um possível indício de que o assassinato tenha sido premeditado.