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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta quinta-feira (28), uma grande operação contra uma quadrilha especializada no vazamento e revenda de dados pessoais de milhões de brasileiros. De acordo com as investigações, o grupo acessou informações de cerca de 120 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira, que foram posteriormente comercializadas para organizações criminosas e grupos especializados em golpes virtuais. O esquema funcionava como um verdadeiro “call center do crime”, coletando e vendendo dados sigilosos.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em cidades paulistas, como a capital, Campinas, Bauru, Taubaté e Praia Grande, além de operações em Londrina e Uraí, no Paraná. Até o momento, sete membros da quadrilha foram identificados e responderão por associação criminosa, invasão de dispositivos informáticos e violação de segredo profissional.
As investigações, que tiveram início em outubro do ano passado, foram motivadas por um vazamento de dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ao longo da apuração, a polícia descobriu que o grupo também teve acesso a informações sigilosas de clientes de bancos digitais e empresas de telefonia, além de servidores de outros dois tribunais e até de órgãos governamentais, como as Forças Armadas. Somente no Rio de Janeiro, 170 mil servidores tiveram seus dados vazados. Arquivos apreendidos revelaram ainda uma planilha contendo informações sobre 130 mil pessoas vinculadas ao governo de São Paulo.
A operação, batizada de “Tatu Canastra”, identificou os principais responsáveis pela coleta e comercialização dos dados. Durante as buscas, materiais utilizados pelos criminosos nos “call centers” foram apreendidos e serão analisados pela perícia. A investigação segue em andamento, com o objetivo de identificar outros envolvidos e desmantelar completamente a rede criminosa.