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O governo do estado de São Paulo realiza, às 16h desta quinta-feira (28), o leilão de concessão de 92 quilômetros do trecho mais movimentado da Rodovia Raposo Tavares, entre a capital paulista e a cidade de Cotia.
A disputa ocorrerá na sede da Bolsa de Valores (B3), com lance mínimo de R$ 4,6 milhões e prazo de concessão de 30 anos. O investimento total previsto é de cerca de R$ 8 bilhões.
Denominado “Nova Raposo”, o projeto tem como objetivo modernizar o trecho urbano da rodovia, incluindo a construção de 50 quilômetros de pistas marginais, 20 quilômetros de quartas faixas, alças de acesso e passarelas. Entre as obras planejadas está um túnel na chegada a São Paulo, próximo à Marginal Pinheiros, além de três viadutos para melhorar o fluxo de veículos.
Uma das polêmicas do projeto é a previsão de novos pedágios, sendo o primeiro no km 11, dentro do perímetro urbano da capital, 36 quilômetros antes do pedágio atual. Além disso, o governo estima que 300 mil metros quadrados de áreas serão desapropriados para as obras, o que preocupa moradores da região.
O movimento “Nova Raposo Não”, formado por moradores da região, critica o projeto e seus possíveis impactos ambientais e sociais. Uma pesquisa encomendada pelo grupo revelou que, entre mais de 2 mil entrevistados por telefone, 63% desconheciam o projeto, e 77% dos que o conheciam acreditam que haverá prejuízos para a população.
Em nota, o governo do estado destacou que o projeto esteve aberto para consultas públicas por 30 dias, e que 60% das sugestões recebidas foram incorporadas. A questão ambiental será discutida em audiências públicas específicas durante o processo de licenciamento.
Quatro empresas estão na disputa pelo trecho:
- EcoRodovias, responsável pelas rodovias Imigrantes e Anchieta;
- CCR, que já administra a Castello Branco e recentemente assumiu outro trecho da Raposo;
- Via Appia, encarregada das obras do Trecho Norte do Rodoanel;
- EPR, que atua em rodovias de Minas Gerais e Paraná.
A vencedora assumirá a responsabilidade pelas obras previstas, incluindo o investimento inicial de R$ 1,3 bilhão, com a missão de transformar a rodovia em um corredor urbano modernizado, ainda que em meio a controvérsias e resistências locais.