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As polícias Militar e Civil, junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, deflagraram na manhã desta segunda-feira (16) a Operação Aurora, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido na extorsão de comerciantes na região do Brás.
Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão. Entre os presos estão cinco policiais militares. Um sexto PM e uma policial civil também tiveram mandado de prisão preventiva decretado e estão sendo procurados. Além disso, 8 empresas e 21 pessoas tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados.
As investigações, que começaram em março deste ano, foram iniciadas após ambulantes denunciarem à Corregedoria da PM que estavam sendo extorquidos por policiais militares. O coronel Fábio Sérgio do Amaral, corregedor da PM, explicou que, após receberem o relato grave das vítimas, instauraram um inquérito para apurar as denúncias, realizando um trabalho intenso que comprovou as práticas ilícitas. Com a quebra de sigilo dos policiais, foram obtidas as provas necessárias para embasar o inquérito.
De acordo com as investigações, a quadrilha cobrava uma taxa anual para permitir que os comerciantes se instalassem na região e uma mensalidade para que permanecessem no local. Além disso, os criminosos atuavam para cobrar dívidas contraídas pelos ambulantes com agiotas, justamente para o pagamento da propina. Na residência de um dos presos, que também atuava como agiota, foram apreendidos R$ 145 mil em dinheiro, além de documentos e planilhas.
O promotor Carlos Gaya, do Gaeco, afirmou que os criminosos operavam como uma organização criminosa estruturada, com planilhas detalhadas de controle dos pagamentos das propinas. Até o momento, foram identificadas quatro vítimas, mas a polícia acredita que o esquema tenha afetado muitos outros comerciantes, que não denunciavam o caso por medo.
O corregedor da PM finalizou, destacando que a operação é fruto de uma apuração interna rigorosa. Ele afirmou que a corporação age de forma discreta, mas implacável, e que é intolerante a qualquer desvio de conduta, valorizando os bons policiais e lutando para que os maus sejam expurgados da instituição.