Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Mais um delegado da Polícia Civil de São Paulo foi afastado por suspeitas de envolvimento com o crime organizado. O caso, que marca o terceiro afastamento em 24 horas, envolve o delegado José Brandini Júnior, chefe da divisão de tecnologia da informação do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol).
A medida foi tomada após uma denúncia sobre fraudes em licitações feitas pela corporação. A Corregedoria da Polícia Civil iniciou uma operação de busca e apreensão na residência do delegado, onde foram encontrados cerca de R$ 400 mil em espécie. A Justiça aceitou a solicitação da Corregedoria e determinou o afastamento imediato de Brandini Júnior.
Além das suspeitas de fraudes, o delegado também foi citado no escândalo relacionado à emissão de RGs, um serviço realizado pela Polícia Civil. O setor de identificações, que emite as carteiras de identidade, está sob investigação devido a um esquema de colaboração de policiais com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O caso remonta à morte do traficante Anselmo Santa Fausta, em 2021, que teria conseguido um RG falso com a ajuda do investigador Marcelo Ruggieri, o “Xará”, e outros agentes. Ruggieri, juntamente com outros policiais, foi preso na Operação Tácitus da Polícia Federal na última terça-feira (17).
O afastamento de Brandini ocorre em meio a uma investigação da Polícia Civil que busca combater desvios de conduta e práticas ilícitas dentro da corporação. Na mesma sexta-feira (20), os delegados Fabio Pinheiro Lopes, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), e Murilo Fonseca Roque, ex-titular do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa), também foram afastados após serem citados em uma delação premiada.
Esses afastamentos acontecem logo após a prisão de sete pessoas, entre policiais e civis, durante uma operação da Polícia Federal. Em uma reviravolta, Rosemeire Monteiro de Francisco Ibañez, chefe da Corregedoria da Polícia Civil, pediu seu afastamento após a prisão de seu sobrinho, o policial Eduardo Lopes Monteiro, que é investigado por envolvimento com o PCC. Ele é acusado de negociar propinas de R$ 30 milhões com membros da facção.