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A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga dois policiais militares acusados de vazar informações confidenciais sobre operações policiais para o Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a denúncia, os policiais teriam utilizado o dinheiro recebido da facção criminosa para abrir um bar na capital paulista, conhecido como Rota’s Bar, localizado no Jardim Brasília, Zona Leste da cidade. O bar, que oficialmente não tem ligação direta com os PMs, teria sido utilizado como fachada para esconder o envolvimento da dupla em atividades ilícitas.
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Foto: Google Street View
A investigação sobre o bar, inaugurada em 17 de outubro, semanas antes do assassinato de Gritzbach, foi noticiada pelo portal UOL. Segundo o inquérito, o “Rota’s Bar” foi aberto com o dinheiro pago pelo PCC por informações sigilosas vazadas pelos dois PMs. O bar, localizado no Jardim Brasília, na Zona Leste de São Paulo, pertencia informalmente a dois policiais: um cabo que trabalhava no setor de inteligência da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de SP, e outro cabo do 8º Batalhão, no Tatuapé.
De acordo com o inquérito, dois PMs, identificados como cabo da Rota e cabo do 8º Batalhão, vazaram informações valiosas para membros da facção, incluindo dados sobre viaturas descaracterizadas e detalhes de operações policiais. A investigação aponta que as informações fornecidas pelos policiais protegiam as atividades criminosas do PCC, facilitando seus esquemas ilegais. O terceiro envolvido seria Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola, que atualmente está foragido.
Além do bar original, que teve seu CNPJ encerrado em 2022, a polícia também investiga a criação de um novo estabelecimento, Rota’s Beach Bar, no mesmo bairro da Zona Leste. Este novo negócio chamou atenção devido ao aumento no poder aquisitivo dos policiais implicados, ainda que seus nomes não apareçam nos registros oficiais.
O advogado que representa o Rota’s Bar emitiu uma nota à imprensa alegando que a empresa é “legalizada e idônea”, e que, caso seja formalmente notificado, colaborará com as investigações. A Corregedoria, no entanto, segue aprofundando a apuração, incluindo o envolvimento de outros membros da facção e a possível relação com o assassinato de Cara Preta e de seu motorista, Antônio Corona Neto.
A investigação também cita as ligações de Gritzbach com o PCC, incluindo sua participação em um esquema que desviou aproximadamente R$ 30 milhões para a facção. Os detalhes do caso sugerem que, além de vender informações sigilosas, os PMs implicados também estariam envolvidos em um vasto esquema de corrupção policial, com ramificações dentro e fora das forças de segurança.
Este caso levanta sérias questões sobre a infiltração do crime organizado nas forças de segurança pública e a contínua luta contra a corrupção policial em São Paulo, onde a confiança nas instituições de segurança está sendo colocada à prova. A Corregedoria segue em busca de mais detalhes sobre os envolvidos, enquanto as autoridades aguardam mais informações das investigações em andamento.
