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O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram, na manhã desta terça-feira (4), mandados de busca e apreensão contra o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, que ocupa a mais alta patente da Polícia Civil. A operação é um desdobramento das investigações sobre um suposto esquema de corrupção mencionado pelo delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach.
Gritzbach foi morto a tiros em novembro do ano passado na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O nome do delegado surgiu na análise do telefone do investigador Eduardo Lopes Monteiro, preso pela Polícia Federal em dezembro de 2023, junto a outros três policiais civis, por suspeita de extorquir dinheiro e bens do delator.
Pagamentos via Pix e suposto “pedágio”
De acordo com as investigações, o delegado Alberto Pereira Matheus Junior teria recebido pagamentos periódicos de Eduardo Monteiro. Segundo a Polícia Federal, as transações foram feitas via Pix para contas da esposa e do filho do delegado. A suspeita é de que os valores tenham sido arrecadados por meio de atos de corrupção policial, prática conhecida no meio policial como “recolha”.
As autoridades acreditam que os pagamentos funcionavam como uma espécie de “pedágio” para que Monteiro permanecesse no cargo. Apesar da investigação, os policiais não conseguiram recolher o celular de Matheus Junior, considerado um elemento-chave para o caso. O delegado afirmou ter perdido o aparelho na segunda-feira (3), um dia antes da operação, e registrou um boletim de ocorrência sobre o sumiço.
Atuação e histórico na Polícia Civil
Alberto Pereira Matheus Junior ocupou cargos de destaque no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e no Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc). Ele também foi chefe do delegado Fabio Baena e do investigador Eduardo Monteiro, ambos citados diretamente na delação de Gritzbach.
