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O Ministério Público de São Paulo denunciou 16 pessoas sob a acusação de integrarem uma organização criminosa que atuaria no Brás, região central da capital paulista. De acordo com as investigações, o grupo estaria envolvido em práticas de extorsão de comerciantes e agiotagem.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ao menos seis policiais estariam ligados ao esquema, sendo três da ativa, dois da reserva e uma policial civil. No total, 14 dos denunciados responderão por formação de milícia, 15 por extorsão e dois por lavagem de dinheiro.
Os PMs da ativa citados são o cabo José Renato Silva de Oliveira, o primeiro sargento Wellington Stefani e o segundo sargento Humberto de Almeida Batista, que já respondem judicialmente e, por isso, não foram incluídos nesta nova denúncia. A policial civil Viviane Leticia Felix Trevisan e os PMs da reserva Maurício Oliveira de Souza e Sérgio Ferreira do Nascimento estão entre os acusados.
As investigações também apontam que quatro integrantes da suposta milícia estariam vinculados a entidades representativas de comerciantes. Ronei Rodrigues da Cruz, presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, e Peterson Ribeiro Batista, Kelen Fernanda Cardoso e Antônio Marcos Alves de Castro, ligados à Cooperativa de Trabalho, Produção de Bens e Serviços do Brasil (Coopbrás), foram denunciados.
De acordo com o MP, o grupo cobraria taxas ilegais de comerciantes, especialmente estrangeiros em situação de vulnerabilidade. Ainda segundo as investigações, a organização oferecia empréstimos a lojistas para que pudessem pagar as taxas, criando um ciclo de endividamento.
As autoridades afirmam que a suposta milícia estaria em expansão e disputaria território com outros grupos na região. Escutas telefônicas realizadas pelo MP indicam que alguns dos investigados atuam nesse esquema há pelo menos três anos.
