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Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen, Manfred e Marísia, em 2002, foi solto nesta quarta-feira (5). A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que autorizou a progressão de pena para que ele cumpra o restante de sua sentença fora da prisão. A juíza responsável pela decisão, Sueli Zeraik de Oliveira Armani, destacou o bom comportamento de Cristian durante o cumprimento da pena e sua ausência de faltas disciplinares nos últimos 12 meses.
Cravinhos, que estava preso na Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado” (P2) de Tremembé, interior de São Paulo, é o último dos três condenados pelo crime a obter a liberdade. Seu irmão, Daniel Cravinhos, já estava solto desde 2018, enquanto Suzane Von Richthofen cumpre a pena fora da cadeia desde 2023.
A decisão da juíza foi em contrariedade ao Ministério Público de São Paulo, que se opôs à liberação com base nos resultados do teste psicológico de Rorschach, que indicaram características disfuncionais de personalidade, como rigidez emocional e controle excessivo. No entanto, a juíza afirmou que essas observações não justificavam a negativa do direito à progressão de regime, uma vez que o detento não apresentou faltas ou atitudes que comprometessem a sua reintegração social.
A liberdade de Cristian, entretanto, não foi incondicional. Ele deverá cumprir uma série de regras, como a obrigação de informar suas atividades à Vara de Execuções Criminais a cada três meses e comunicar qualquer mudança de endereço. Caso desrespeite essas condições, ele poderá ser reincorporado ao regime fechado.
O caso de Cristian Cravinhos, condenado desde 2006, chama atenção por sua trajetória na prisão. Em 2017, ele havia progredido para o regime aberto, mas perdeu o benefício após tentar subornar a Polícia, em uma acusação de agressão a uma mulher.
Agora, após mais de 20 anos do crime que marcou a história do Brasil, Cristian poderá continuar sua vida fora do cárcere, sob vigilância da Justiça.
