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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (19) a Operação Verres contra o ex-juiz Marcos Scalercio, investigado por crimes sexuais cometidos contra mulheres em São Paulo. A ação teve como objetivo apreender elementos que comprovem as denúncias feitas pelas vítimas, incluindo computadores e equipamentos eletrônicos do ex-magistrado.
De acordo com a PF, o mandado foi expedido pela Justiça Federal e as investigações têm como base acusações de assédio e importunação sexual contra pelo menos três mulheres. Os crimes teriam ocorrido em 2014, 2018 e 2020, e as vítimas incluem uma aluna do cursinho Damásio, uma funcionária do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), e uma advogada.
Scalercio, que respondia a essas acusações em liberdade, foi alvo de punição administrativa pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, sendo aposentado compulsoriamente devido às denúncias. Ele sempre negou as acusações através de sua defesa.
O caso ganhou visibilidade em agosto de 2023, quando as mulheres procuraram a organização Me Too Brasil e o Projeto Justiceiras, que auxiliam vítimas de assédio sexual. A investigação da PF, que inicialmente estava sob a alçada do Tribunal Regional Federal da 3ª Região devido à prerrogativa de foro de Scalercio, foi redistribuída para a Justiça Federal de 1º grau após a aposentadoria do ex-juiz.
A operação recebeu o nome de “Verres” em referência ao magistrado romano Gaio Verres, que foi acusado de abusar de seu poder para explorar e assediar mulheres, conforme relatado na obra In Verrem.
