Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) arquivou a investigação policial contra o deputado estadual Antonio Olim (PP), os delegados Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como “Fábio Caipira”, e Murilo Roque, além do advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves. Os quatro haviam sido delatados pelo empresário Vinicius Gritzbach, que os acusou de exigir R$ 5 milhões para não incriminá-lo por lavagem de dinheiro.
Segundo o g1, a decisão do arquivamento foi tomada pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), que considerou não haver provas suficientes para comprovar o crime de corrupção. De acordo com o procurador de Justiça Sérgio Turra Sobrane, coordenador da Assessoria de Competência Originária Criminal, não foram encontradas evidências além da própria delatação de Gritzbach.
Gritzbach, que era um milionário do setor imobiliário e envolvido na lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), foi assassinado em uma emboscada no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em novembro de 2024. O crime foi registrado por câmeras de segurança e também resultou na morte de um motorista de aplicativo atingido por uma bala perdida, além de deixar duas pessoas feridas.
Uma força-tarefa envolvendo a Polícia Civil, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Federal (PF) foi criada para investigar o caso. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu que dois criminosos ligados ao PCC e à facção carioca Comando Vermelho (CV) foram os mandantes do crime. Segundo a investigação, a execução de Gritzbach ocorreu por ele ter delatado a participação de criminosos na lavagem de dinheiro e por ter sido acusado de ordenar a morte de dois integrantes do PCC.
Três policiais militares foram contratados para executar Gritzbach: dois deles realizaram os disparos e o terceiro auxiliou na fuga. Um “olheiro” também colaborou com a quadrilha. Os três agentes da PM estão presos, enquanto os mandantes e o “olheiro” permanecem foragidos e são procurados. Todos são réus na Justiça pelo homicídio.
Paralelamente, a Polícia Militar investiga 14 agentes da corporação suspeitos de prestarem segurança particular ilegal para Gritzbach, prática considerada crime militar. Os PMs também são suspeitos de repassar informações sobre operações policiais para facções criminosas. Todos estão presos e seguem sob investigação
