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O governo estadual de São Paulo e a Prefeitura da capital anunciaram a construção de dois conjuntos habitacionais na região da Luz, no centro da cidade, em áreas que até recentemente abrigavam usuários de drogas da chamada Cracolândia. Os empreendimentos integram uma proposta de revitalização da região e devem ser erguidos a poucos metros de onde se concentrava o chamado “fluxo” de dependentes químicos.
Um dos conjuntos será construído no triângulo formado pelas ruas General Couto de Magalhães, dos Gusmões e dos Protestantes, exatamente no ponto que servia como principal referência da Cracolândia até o início de maio, quando os usuários foram dispersados. O outro ficará na mesma rua dos Gusmões, a cerca de 180 metros do primeiro.
O projeto habitacional será viabilizado por meio da Parceria Público-Privada (PPP) da habitação da cidade de São Paulo, conduzida pela Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação), com apoio do governo estadual. Ainda não há informações sobre o número total de apartamentos previstos. A proposta inclui também a construção de duas torres residenciais, uma quadra esportiva, brinquedos, gramado e área de descanso.
A nova ocupação do terreno exigirá a remoção de estruturas existentes no local, como um prédio deteriorado e o Teatro de Contêiner, que recebeu da Prefeitura uma intimação com prazo de 15 dias para desocupar a área.
Apesar da localização dos empreendimentos coincidir com o antigo ponto da Cracolândia, o vice-governador Felício Ramuth (PSD) afirmou que o projeto não está diretamente relacionado à cena de uso de drogas. “A cena aberta de uso é uma ação humana; esta, [a construção habitacional], é uma ação urbana. O projeto é, sim, de revitalização do centro, para trazer mais moradores para a região central”, afirmou.
A administração estadual também solicitou à Justiça o perdimento de imóveis usados pelo crime organizado como esconderijos de drogas e celulares roubados na região, o que poderá abrir caminho para novas ações urbanas no entorno.
A expectativa é que as obras comecem nos próximos dias. A área da antiga Cracolândia, que chegou a ser isolada por um muro de concreto de 40 metros no início do ano, está desocupada há pouco mais de três semanas.
