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A Polícia Civil de São Paulo apura se seguranças, vendedores ou frequentadores estão envolvidos no assassinato de Adalberto Amarilio Júnior, empresário encontrado morto em um buraco dentro do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital. Ele havia desaparecido em 30 de maio após participar de um evento de motociclismo no local. Seu corpo foi localizado no dia 3 de junho por um funcionário da obra.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Polícia afirmou que a morte foi “sofrida” e “lenta”. “Foi uma morte sofrida mesmo, lenta”, disse o secretário-executivo da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves.
O caso é tratado como homicídio e corre sob sigilo judicial. O laudo da Polícia Técnico-Científica concluiu que Adalberto morreu por asfixia. A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, afirmou que a morte pode ter sido causada por esganadura ou compressão torácica: “Uma morte agonizante, lenta, que ele podia estar desmaiado, tentando respirar, mas ele acaba falecendo”.
Escoriações no pescoço levantam a possibilidade de que o empresário tenha sido vítima de um golpe como o “mata-leão”. “Talvez uma constrição no pescoço, que vai para aquela ideia do ‘mata-leão’”, afirmou a delegada. “A gente tem aí o sufocamento como a causa da morte dele.”
O corpo foi achado sem calça nem tênis, em um buraco com 3 metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro. A Polícia investiga se Adalberto foi morto antes de ser colocado no buraco ou se ele ainda estava vivo quando foi deixado lá. “Ele pode ter morrido antes de ter sido colocado no buraco ou no próprio buraco, ter sido colocado com vida e tenha morrido posteriormente”, explicou o delegado Rogério Thomaz.
Uma das linhas investigadas é de que o empresário possa ter se envolvido em uma briga, possivelmente com um segurança, vendedor ou frequentador do evento. “Uma das linhas é eventualmente ele ter se envolvido numa briga, que pode ser com segurança e pode não ser com segurança. A linha dos seguranças é uma das diretrizes. Ou ele arrumou uma confusão e certamente foi colocado num buraco por um frequentador do evento. Ou um vendedor que tinha barraca de coisas… pode ser uma pessoa que vai sempre ao kartódromo de Interlagos”, afirmou Thomaz.
Adalberto, que era casado e dono de óticas, teria deixado o carro em uma área proibida do kartódromo, o que pode ter gerado um desentendimento. A área estava interditada por conta de uma obra.
Dos 180 seguranças contratados para o festival, 100 já foram descartados como suspeitos após análise dos celulares indicar que estavam fora da cena do crime. Parte deles já prestou depoimento, e a polícia segue investigando os demais, assim como vendedores e frequentadores do evento.
Apesar da ausência de lesões traumáticas e indícios de violência sexual, laudos apontam que os joelhos da vítima foram feridos quando ele ainda estava vivo. A suspeita é de que ele tenha sido forçado a se ajoelhar ou tenha sido arrastado. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso. “Enquanto a gente não chegar à autoria não dá para falar nada”, concluiu o delegado Rogério Thomaz.
