Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Polícia Civil de São Paulo coordenou nesta quinta-feira (3) a segunda fase da Operação Nix, destinada a deter adolescentes suspeitos de praticar cyberbullying e estupros virtuais. A ação ocorre em vários estados do Brasil e na França, com mandados de internação, busca e apreensão contra jovens acusados de forçar mais de 400 vítimas a se automutilarem e de promover ataques a moradores de rua e animais.
Foram expedidos nove mandados de internação para adolescentes em seis estados brasileiros: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Pará, Pernambuco, além do Distrito Federal. Os suspeitos, caso localizados, serão encaminhados a unidades de internação para adolescentes infratores, conforme prevê a legislação brasileira, que não prevê prisão para menores de 18 anos, mas sim medidas socioeducativas.
Além disso, há um mandado de apreensão internacional para um adolescente brasileiro que reside na França. Ele é apontado como um dos principais financiadores dos ataques, utilizando sua condição financeira para custear ações criminosas em grupos fechados na plataforma Discord. Esse mandado será cumprido pela Interpol.
A operação também envolve 22 mandados de busca e apreensão, ainda com o número total de detidos não confirmado pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
A investigação teve início em novembro de 2024 com a criação do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), especializado em crimes virtuais. A primeira fase da Operação Nix ocorreu no final de 2024 e resultou na apreensão de um adolescente, prisão de dois suspeitos e cumprimento de dez mandados em São Paulo, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal.
A delegada Lisandréa Salvariego, coordenadora do Noad, destacou a complexidade da operação, ressaltando a transnacionalidade do crime e o envolvimento tanto de autores quanto de vítimas menores de idade. “São ações extremamente absurdas que, muitas vezes, os pais não têm ideia de que o filho pode ser o idealizador da violência ou, ao contrário, a própria vítima”, afirmou.
O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) é o responsável pela coordenação da operação, que recebeu o nome de Nix em referência à deusa Nêmesis da mitologia grega, e ao codinome de um dos investigados.
