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O estado de São Paulo registrou nesta segunda-feira (6) a terceira morte confirmada por intoxicação por metanol. A vítima é Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, moradora de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, conforme confirmou a Prefeitura do município. O velório da vítima está previsto para terça-feira (7), em Santo André.
Segundo o governo estadual, há 15 casos confirmados de intoxicação por metanol e 164 em investigação, incluindo seis mortes suspeitas. Outros 47 casos foram descartados após exames clínicos e laboratoriais. A morte de Bruna já possui laudo confirmando a ingestão de bebida adulterada, mas ainda não constava no boletim divulgado pelo estado antes da confirmação municipal.
A Prefeitura de São Bernardo informou que Bruna faleceu após a adoção de protocolo de cuidados paliativos, definido pela equipe médica em conjunto com a família.
Em coletiva, o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que não há indícios de envolvimento do crime organizado na adulteração das bebidas. “Nós poderíamos classificar como uma associação criminosa, mas é muito diferente de uma organização criminosa estruturada”, disse Derrite, acrescentando que os casos estão relacionados a locais distintos, sem conexão com facções como o PCC.
O governador Tarcísio de Freitas detalhou as duas linhas principais de investigação da Polícia Civil:
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Contaminação por metanol utilizado na limpeza de garrafas reaproveitadas;
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Uso intencional de metanol para aumentar o volume de bebidas adulteradas.
Segundo o governador, as operações da Vigilância Sanitária são essenciais para identificar a origem da contaminação. “Partimos do bar onde houve a contaminação, cruzamos a nota fiscal para verificar a origem da bebida, qual foi o distribuidor que vendeu, e fazemos a fiscalização”, explicou.
Até o momento, 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente, incluindo seis distribuidoras e dois bares que tiveram a inscrição estadual suspensa. “Quem não conseguir comprovar de onde sua bebida está vindo vai ter a inscrição estadual cassada. Ou seja, não vai conseguir operar”, destacou Tarcísio.
O governo também anunciou a aquisição de 2.500 ampolas de álcool etílico, antídoto usado no tratamento de intoxicação por metanol. As doses serão distribuídas a 20 hospitais da rede estadual para garantir atendimento rápido aos pacientes contaminados.