Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram] WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Poison Source (Fonte do Veneno), visando desarticular uma rede criminosa que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas em diversas cidades do estado. Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em endereços na capital, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara, resultando na prisão de seis pessoas. Um dos detidos também foi indiciado em flagrante por porte ilegal de armas.
Segundo o delegado-geral de Polícia de São Paulo, Arthur Dian, a ação decorreu da prisão de um suspeito no dia 3 de outubro, identificado como um dos maiores falsificadores do país. “Durante a prisão desse indivíduo, foi constatado que ele era distribuidor de insumos, vasilhames, bebidas de diversos indivíduos espalhados pelo estado. As investigações vão prosseguir para sabermos a conexão dessas outras pessoas presas nesta terça-feira (14) para chegarmos até o ponto de venda”, afirmou.
Coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos da Divecar, a operação mobilizou cerca de 150 policiais civis. A ação contou ainda com o apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que forneceu equipamentos para testar as bebidas apreendidas nas fábricas clandestinas, identificando sinais de adulteração. O material recolhido será agora analisado para determinar se há presença de metanol.
A delegada Leslie Caran Petrus, que coordena a operação, explicou que as investigações começaram há cerca de 10 dias a partir de um flagrante: “Ele vendia garrafas com rótulos, tampinhas intactas e lacres, praticamente impossível de identificar a falsificação. Depois, descobrimos quem adquiriu esses produtos e estamos indo atrás deles hoje”, disse.
O combate à contaminação por metanol ganhou prioridade no estado após a criação de um gabinete de crise do Governo de São Paulo, no dia 30 de setembro. A força-tarefa envolve as secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda, Justiça, Desenvolvimento Econômico, Comunicação e as vigilâncias sanitárias municipais. Entre as medidas, estão a interdição cautelar de estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas fraudadas e o recolhimento de garrafas para perícia.
