O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou, na última segunda-feira (5), cerca de 70 pessoas por prática de crimes de organização criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação, uma semana após a deflagração da Operação Raio X, que visou desarticular recursos públicos de saúde geridos por organizações sociais.
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e promotores de Justiça de Birigui e de Penápolis, no interior paulista, havia superfaturamento e, inclusive, cobranças por serviços que sequer eram realizados mediante a emissão de notas frias.
O MP-SP pede, nas denúncias, que as prisões temporárias resultado da operação sejam convertidas em preventivas, assim como o perdimento de bens obtidos pelos denunciados.
A operação intitulada Raio X, em São Paulo – e chamada SOS em outros três estados –, cumpriu cerca de 260 mandados de busca e apreensão e 57 mandados de prisão temporária, além de celulares e outros objetos também apreendidos.
As investigações duraram dois anos, nos quais foram levantadas informações que indicavam a existência de um esquema sofisticado de corrupção, em que agentes públicos, empresários e profissionais liberais teriam envolvimento no desvio de milhões de reais que deveriam ser destinados à Saúde. Os contratos de gestão entre o poder público e as organizações sociais se dava, em maioria, por procedimentos licitatórios fraudulentos e contratos superfaturados.
A investigação reuniu dados sobre movimentações financeiras e interceptações telefônicas sobre a materialidade e a autoria dos crimes. O tipo de atuação dos criminosos tem sido adotado, segundo os investigadores, em diversos municípios paulistas e em outros Estados.
*Com informações de R7