Na última quinta-feira (22), o Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) decidiu anular as matrículas de seis estudantes de graduação por fraude em cotas raciais no processo seletivo de ingresso na universidade.
A universidade informou que os alunos envolvidos ainda poderão apresentar pedido de reconsideração. Se mesmo depois dos pedidos a decisão for mantida, os estudantes serão expulsos da universidade. A USP informou que não pode fornecer mais detalhes sobre o caso, já que os estudantes terão um prazo para pedido de reconsideração da decisão.
Nos últimos quatro anos, a Pró-Reitoria de Graduação da universidade recebeu 381 denúncias do gênero. Além disso, a Pró-Reitoria de Graduação da universidade está investigando 193 denúncias de supostas fraudes na autodeclaração de pertencimento ao grupo PPI (pretos, pardos e indígenas) envolvendo estudantes que entraram na USP por meio da reserva de vagas, conforme informações da instituição.
As denúncias sobre cotas são recebidas pela Pró-Reitoria de Graduação, que confere as informações da matrícula e a existência de indícios mínimos de materialidade. “São levados em conta os traços fenotípicos do aluno grupo PPI, como cor de pele, formato do nariz, cabelo e estrutura corporal”, informou a USP.