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A influenciadora e ex-musa do Carnaval Ana Paula Minerato, de 33 anos, foi às redes sociais na noite desta terça-feira (26) para pedir desculpas após a divulgação de áudios em que faz comentários racistas sobre a cantora Ananda, integrante do grupo Melanina Carioca. Em uma transmissão ao vivo de quase cinco minutos, Minerato, aos prantos, admitiu ser a autora das falas e relatou estar vivendo um relacionamento abusivo na época em que os áudios foram gravados.
“Eu estou muito mal, porque eu sei que foi algo horrível. Até quero pedir desculpa para todo mundo que se sentiu ofendido, porque realmente foi uma ofensa a uma pessoa que eu nem conheço. Então eu quero muito pedir desculpa para todo mundo, quero pedir desculpa pra Ananda, pedir desculpa de verdade, deixar aqui registrado o meu pedido de perdão”, declarou Minerato durante a live.
Os áudios, enviados ao ex-namorado rapper KT Gomez em setembro, vazaram nas redes sociais no último domingo (24). Neles, Minerato utilizava expressões como “empregada de cabelo duro” e “neguinha” para se referir à artista. Em um dos trechos, ela questionava o ex sobre sua relação com Ananda: “Você gosta de mina cabelo duro, de neguinha? Ali é neguinha, alguém ali, um pai ou a mãe veio da África, tá na cara”.
A repercussão foi imediata, resultando na demissão de Minerato da Gaviões da Fiel, onde ocupava o posto de musa, e da rádio Band FM, onde apresentava o programa Estação Band. Ambas as instituições repudiaram as declarações, afirmando que os comentários não condizem com os valores que defendem.
Na live, Minerato também relatou viver um relacionamento “muito tóxico” e abusivo com KT Gomez, onde, segundo ela, sofria manipulação e “violência psicológica”.
“Eu tentei por muitas vezes sair dessa relação, só que eu tinha medo de me afastar e acontecer o pior. Então, por esse medo, eu ficava perto para poder vigiar se ele ia fazer alguma coisa contra mim e ele fez, tanto que ele fez”, justificou.
O rapper, por sua vez, se pronunciou nas redes sociais, confirmando que os áudios são de setembro, mas negando qualquer envolvimento no vazamento. Em nota, seus advogados declararam:
“As alegações feitas em redes sociais são infundadas e absolutamente desprovidas de provas. Até o momento, não foi apresentada qualquer evidência que vincule nosso cliente à divulgação do referido material.”
A Secretaria de Justiça e Cidadania informou que a Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN) abriu um expediente na Ouvidoria para investigar o caso. Em nota, a instituição destacou que “as partes envolvidas terão o direito de apresentação de defesa preliminar”. Além disso, a CPPN ofereceu acolhimento e orientação à cantora Ananda.
“Não há espaço para atitudes como essa em uma sociedade que busca justiça e equidade”, declarou a nota oficial da secretaria.