Novas leis devem ser criadas para impedir que pessoas cometam crimes como “assassinato” no metaverso, segundo o ministro de Estado de Inteligência Artificial dos Emirados Árabes Unidos.
O metaverso refere-se a um mundo virtual onde as pessoas podem viver, trabalhar e jogar através de um avatar. Na verdade, ainda não existe, mas as empresas de tecnologia estão investindo bilhões de dólares no desenvolvimento da tecnologia. Há, no entanto, uma série de preocupações de segurança associadas ao seu desenvolvimento.
Falando no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, na quarta-feira (25), Omar Sultan Al Olama disse que a natureza realista de qualquer metaverso que venha a se concretizar pode permitir que as pessoas sejam aterrorizadas de maneiras que não são possíveis atualmente.
“Se eu te mandar uma mensagem no WhatsApp, é uma mensagem, certo?” disse Al Olama. “Pode aterrorizá-lo, mas até certo ponto não criará as memórias de que você terá TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) a partir dele.”
“Mas se eu entrar no metaverso e for um mundo realista sobre o qual estamos falando no futuro e eu realmente matar você, e você vê isso… o mundo porque todos concordam que certas coisas são inaceitáveis”, acrescentou.
Al Olama pediu a União Internacional de Telecomunicações, agência especializada da ONU em tecnologias de informação e comunicação, a conversar sobre o estabelecimento de padrões internacionais de segurança para o metaverso que as pessoas devem aderir, independentemente de onde morem. Por exemplo, existem padrões comuns na internet que impedem coisas como tráfico de drogas e pornografia infantil.
Passar de uma plataforma metaverso para outra também precisa ser possível, disse Al Olama. “Então, se Meta desenvolve algo e Magic Leap desenvolve outro… tem que haver algum tipo de interoperabilidade entre eles.”
Falando no mesmo painel, Chris Cox, diretor de produtos da Meta (anteriormente Facebook), disse que o mundo precisa de padrões internacionais quando se trata do metaverso.
“Provavelmente haverá algo como um sistema de classificação, que temos para filmes, temos para música, temos para outros tipos de conteúdo, para que um pai ou um jovem possa ter alguma noção de quais são as regras no ambiente em que vivem. vamos entrar”, disse Cox.
Sobre o tema da monetização do metaverso, Cox disse que espera que o Meta gere receita no metaverso por meio de anúncios. “Se você quer serviços gratuitos em escala, a publicidade será o modelo de negócios natural para isso, assim como tem sido desde a impressão”, disse ele.
Mas Philip Rosedale, fundador da plataforma de mundo virtual Second Life, disse no mesmo painel que o metaverso deveria ser livre de anúncios. “Se mudarmos esses modelos (de publicidade), que dependem de fazer previsões sobre o que você quer e sugerir coisas para você e, em alguns casos, acho que manipular seu comportamento… acho que é um risco terrível”, disse ele.
Rosedale acrescentou: “O modelo que tem que funcionar no metaverso, na minha opinião, é um modelo de transação ou taxas, em vez de um modelo de anúncios”.
Isso envolveria a compra de bens digitais e assinaturas.
