O gerente-geral da farmacêutica Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, que depõe nesta quinta-feira (13) na CPI da Covid, que as primeiras ofertas de vacinas contra a covid-19 foram apresentadas ao governo brasileiro em agosto do ano passado.
Segundo o executivo da farmacêutica, as primeiras reuniões com a pasta ocorreram ainda em maio e junho de 2020, mas foram conversas apenas “iniciais” e “exploratórias”. “Em julho, fornecemos ao Ministério da Saúde uma expressão de interesse [na venda dos imunizantes]“, afirmou o executivo da Pfizer. “Tivemos outras reuniões em agosto, em que aprofundamos alguns detalhes.”
“Em uma reunião de 6 de agosto, o ministério [da Saúde] manifestou possível interesse na nossa vacina e com isso nós oferecemos, no dia 14 de agosto, nossa primeira oferta, que era uma oferta vinculante. Essa oferta era, na verdade, duas ofertas. Vou explicar, porque era exatamente a mesma oferta, mesmas condições, mesmo preço, mas uma era de 30 milhões de doses e a outra de 70 milhões de doses. Essa oferta tinha o possível cronograma de entrega durante o final de 2020 e 2021”, disse Murillo aos senadores.
A Pfizer fez uma atualização das ofertas no dia 11 de novembro – desta vez, as primeiras vacinas seriam enviadas apenas no primeiro trimestre de 2021. Neste caso, o cronograma previa a entrega de 2 milhões de doses nos três primeiros meses de 2021; 6,5 milhões no segundo trimestre; 32 milhões no terceiro trimestre; 29 milhões no último trimestre deste ano.