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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou nesta sexta-feira (21) as conclusões de uma investigação que apura a morte de quatro membros de uma mesma família, vítimas de envenenamento com arsênio. O caso ocorreu em Torres, no final de 2024, e resultou na morte de três pessoas após ingerirem um bolo contaminado, e uma quarta morte em setembro, causada por envenenamento com a mesma substância.
Segundo as autoridades, Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, era responsável pelas mortes. Ela teria misturado o veneno no bolo, com a intenção de atingir sua sogra, Zeli dos Anjos, mas não se importava se outros membros da família também fossem vítimas. A investigação descartou motivos financeiros para os crimes, com a principal hipótese apontando para uma “perturbação mental” como motivação para os assassinatos. A apuração sobre como ela obteve o arsênio ainda está em andamento, uma vez que a venda dessa substância requer a apresentação de documentos específicos.
Além das três mortes provocadas pelo bolo envenenado em dezembro, a polícia descobriu que o sogro de Deise também foi envenenado com arsênio em setembro, sendo inicialmente diagnosticado com intoxicação alimentar. Uma exumação do corpo e investigações posteriores confirmaram o envenenamento. Buscas no celular da suspeita também revelaram pesquisas sobre o veneno.
Deise, que estava presa desde janeiro de 2025, foi indiciada por triplo homicídio triplamente qualificado e tentativas de homicídio. No entanto, a suspeita foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba na última semana, e a polícia acredita que ela tenha cometido suicídio. Em uma carta deixada na cela, Deise fez duras acusações contra a sogra e expressou seu desespero, afirmando ter sido injustiçada ao longo dos 20 anos de casamento.
Se estivesse viva, a mulher poderia ter recebido uma pena superior a 100 anos de reclusão. Com a morte, o Código Penal prevê a extinção da punição. O caso, que ganhou repercussão nacional, continua sendo um dos mais impactantes investigações de envenenamento familiar no estado.
