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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinou nesta quarta-feira (2) uma ordem executiva oficializando as novas tarifas que serão aplicadas a mercados ao redor do mundo.
Trump confirmou que a medida se trata de uma política de tarifas recíprocas generalizadas, atingindo todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos que, segundo ele, há anos adotam práticas desfavoráveis a Washington ou impõem barreiras que colocam o país em desvantagem.
Com o objetivo de reverter esse cenário, o republicano avaliou individualmente a situação de cada país e definiu respostas proporcionais para cada caso.
“São tarifas recíprocas para países de todo o mundo… recíproco significa: se eles fazem conosco, nós faremos com eles”, declarou Trump durante um discurso na Casa Branca.
Tarifas variam conforme país
Entre os principais alvos da medida, a China foi acusada por Trump de impor uma tarifa de 67% sobre produtos americanos, levando os EUA a estabelecer uma taxa de 34% sobre importações chinesas.
A União Europeia, outro grande bloco afetado, enfrentará uma tarifa de 20% como resposta às taxas de 39% aplicadas a produtos dos EUA.
Outros países também serão atingidos:
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Vietnã: 46% (resposta aos 90% vietnamitas)
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Taiwan: 32%
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Japão: 24% (frente aos 46% cobrados pelo país asiático)
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Índia: 26% (contra os 52% indianos)
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Coreia do Sul: 25% (metade da tarifa de 50% imposta aos EUA)
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Tailândia: 36% (resposta aos 72%)
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Suíça: 31% (contra 61%)
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Indonésia: 32% (diante dos 64%)
Outros países, como Malásia, Camboja, África do Sul, Bangladesh, Israel e Filipinas, também foram incluídos na lista, com tarifas que variam entre 17% e 49%.
Outros países mencionados por Trump incluem:
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Malásia: 24% (resposta aos 47%)
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Camboja: 49% (contra 97%)
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África do Sul: 30% (frente aos 60%)
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Bangladesh: 37% (resposta aos 74%)
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Israel: 17% (contra 33%)
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Filipinas: 17% (frente aos 34%)
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Paquistão: 29% (resposta aos 58%)
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Sri Lanka: 44% (contra 88%)
Países como Nicarágua e Noruega terão que pagar 18% e 15% de tarifas, respectivamente, caso não reduzam suas próprias taxas aplicadas aos produtos americanos. A Jordânia enfrentará um imposto de 20%, metade do que cobra dos EUA, enquanto Nova Zelândia e Myanmar pagarão 10% e 44%, respectivamente, seguindo a mesma lógica.
Em casos específicos, como Costa Rica, Gana, Equador e Trinidad e Tobago, os EUA aplicarão um imposto de 10%, apesar de esses países cobrarem tarifas de 12% a 17% sobre importações americanas. Madagascar, por sua vez, terá uma taxa de 47%, contra os 93% que impõe atualmente.
Outros exemplos incluem:
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Tunísia: 28% (contra 55%)
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Cazaquistão: 27% (frente aos 54%)
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Sérvia: 37% (contra 74%)
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Costa do Marfim: 21% (frente aos 41%)
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Laos: 48% (resposta aos 95%)
A nova política também estabelece tarifas para países como:
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Argélia: 30% (resposta aos 59%)
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Lesoto: 50% (contra 99%)
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Maurício: 40% (frente aos 80%)
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Fiji: 32% (contra 63%)
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Liechtenstein: 37% (resposta aos 73%)
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Guiana: 38% (frente aos 76%)
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Bósnia e Herzegovina: 35% (contra 70%)
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Nigéria: 14% (resposta aos 27%)
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Namíbia: 21% (frente aos 42%)
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Brunei: 24% (contra 47%)
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Bolívia: 10% (contra 20%)
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Venezuela: 15% (frente aos 29%)
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Macedônia do Norte: 33% (resposta aos 65%)
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Papua-Nova Guiné: 10% (contra 15%)
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Malawi: 17% (resposta aos 34%)
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Afeganistão: 10% (frente aos 49%)
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Zimbábue: 18% (contra 35%)
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Síria: 41% (resposta aos 81%)
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Vanuatu: 22% (contra 44%)
Alguns países pagarão tarifa mínima
Trump determinou que algumas nações sejam submetidas apenas à tarifa mínima de 10%, buscando equilibrar as condições comerciais. Entre os países incluídos nessa categoria estão:
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Brasil
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Argentina
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Reino Unido
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Austrália
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Chile
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Turquia
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Emirados Árabes Unidos
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Catar
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Colômbia
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Panamá
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Peru
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República Dominicana
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Guatemala
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Honduras
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Egito
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Arábia Saudita
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El Salvador
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Marrocos
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Singapura
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Omã
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Uruguai
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Bahamas
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Ucrânia
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Bahrein
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Islândia
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Quênia
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Haiti
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Etiópia
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Libéria
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Ilhas Virgens Britânicas
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Mônaco
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Uzbequistão
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República do Congo
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Djibuti
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Polinésia Francesa
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Ilhas Cayman
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Kosovo
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Curaçao
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Ruanda
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Serra Leoa
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Mongólia
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San Marino
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Antígua e Barbuda
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Bermudas
México e Canadá ficam de fora
A grande surpresa foi a ausência de México e Canadá na lista. Isso ocorre porque, sob o acordo T-MEC (Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá), não há tarifas sobre importações entre os três países.
Por fim, Trump afirmou que a medida impulsionará a economia dos EUA. “Com essas ações, vamos tornar os Estados Unidos um grande país novamente. Esta será a era de ouro da América”, declarou o ex-presidente.
