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O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta sexta-feira (6) que ainda não há respostas concretas sobre como bebidas alcoólicas foram contaminadas com metanol no Estado. Desde agosto, foram confirmados 14 casos de intoxicação e 178 suspeitas.
Derrite citou duas hipóteses já levantadas pelas investigações: “lavagem de vasilhames com a substância tóxica para uso na falsificação de destilados ou mistura do composto químico com etanol”.
O secretário reforçou, assim como já havia feito o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não há ligação da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) com o esquema de adulteração de bebidas. “Não há nenhum indício de participação do crime organizado”, disse a jornalistas durante o anúncio do pacote antimetanol do governo paulista.
O aumento dos casos de suspeita de intoxicação começou em agosto. No fim de setembro, quando o assunto ganhou repercussão nacional, o governador Tarcísio afirmou não haver indícios de envolvimento do PCC, facção paulista que havia sido associada semanas antes à importação de metanol em um esquema de adulteração de combustíveis. Na sexta-feira (3), o governador reiterou que “não há nenhum indício de ligação com o crime organizado”.
Derrite detalhou que as destilarias clandestinas fechadas pelo governo paulista em Americana, Sumaré, São Bernardo do Campo e Osasco não eram operadas por integrantes do PCC. Segundo ele, nenhum dos 41 presos até agora no Estado é “faccionado”.
O secretário explicou que os donos desses locais podem trabalhar em associação, mas “não nos moldes do crime organizado, que possui uma estrutura hierarquizada, com funções pré-definidas”. Derrite ainda questionou a viabilidade do envolvimento de facções: “Até porque o crime organizado no Brasil, em São Paulo, tem por objetivo principal o lucro, e esse lucro é exponencial no tráfico de drogas. Na questão da bebida, é infinitamente inferior. Porque uma organização criminosa que lucra exponencialmente com tráfico de pasta base de cocaína, inclusive com o tráfico internacional, iria migrar para um negócio muito menos rentável?”